A Cantora
Escuridão
Bengala branca tateia o chão
Vozes lhe dão a direção.
Uma mão no seu braço
Beijo no rosto, um abraço
Integração.
Está na Casa De Cultura
Está segura entre amigos do Coral
Um gravador é sua partitura.
Com ajuda ela se senta
Apura os ouvidos e as emoções
Está atenta.
Não vê a maestrina
Não vê sua regência
Apenas sente no coração.
Um novo ensaio, um novo dia
Sua alegria de estar ali.
Sua voz se solta na melodia
Com as outras vozes sobe aos céus
E a Música chega a Deus como oração.
Dolores Fender
25/02/2017
Comentários
A sensibilidade não precisa dos olhos para existir. Encantador poema, Dolores.Meus parabéns! Bjs
Poetisa parabenizo-te e agradeço por tanta candura de versos.
Eu é que agradeço a sua gentileza de estar aqui comigo nesta página!
Um poema que os encantos faz os verdadeiros cantos
Obrigada, José Carlos!
Obrigada!
Exemplo de superação. Lindo poema, Dolores.
Parabéns!
Obrigada!
Parabéns, poetisa, poema lindo, fala da decrepitude do corpo humano e, do desejo inato de tentar superar-se, mas o tempo é um inimigo implacável. Abraços, paz e Luz!!!