Valsam subtis ilusões ali no semblante
Do teu olhar enquanto boquiaberto o silêncio
Madruga fascinado cintilante rompendo cada
Lamento num looping de desejos acutilante
Vasculhei a púrpura manhã nascendo versátil
E apressada beijando os suaves gomos de luz
Cumprindo aquele horário matutino num laivo
De esquecimentos engolidos pelo eco forjado
Na nudez poética tresmalhada…quase obstipada
Sumiram por agora todas as lembranças mais tenazes
Deixando a métrica destas rimas imparavelmente
Dissociadas de cada letra apaixonada lambendo
O néscio e esboroante tempo dopado literalmente
Chegou a hora de enfeitar as despedaçadas
Memórias vagabundas e reencontrar cada distância
Mais rotunda, aplainando a barafunda de abraços
Embebedados com gargalhadas fecundas, turbulentas
Alinhando na maratona final de metáforas
Cortando a meta, desfalecendo nos teus braços…opulentas
Nas andanças do meu silêncio pavimento cada alicerce
Do tempo com vigas de amor armando as sapatas dos
Sonhos onde descansam os pórticos das saudades,
Os pilares da poesia, fundação estrutural assente
No edifício sedento de um amor concreto…latente
…ver estrelas a dois e depois…imergir nelas numa noite que
seja cordial e conivente
Frederico de Castro
Comentários
Nas andanças de teu silêncio sempre vens com belos poemas a nos oferecer como este que acabei de ler. Magnífico! Bjs
Parabéns, poeta amigo, poema lindo, você é mestre neste quesito... Abraços, paz e Luz!!!
O tempo que faz acontecer os mias belos momentos que vivemos em amor , e amar, poema que esta