Bruma

De repente a dor se esquiva

Vagarosamente num desfile de ais

E do pranto entoado em umbrais

Surge leve o perfume de oliva.

 

De repente a alma fez-se brisa

Silenciosa e azul como o céu

E da ferida antiga fez-se mel

Aliviando a tortura num sorriso.

 

De repente a vida fez-se bruma

Indefinida num percurso ocioso

E o destino voraz malicioso

Suga o brilho dos lábios e consuma.

Sandra Medina de Souza

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