Caso de amor
Ele chegou devagarinho.
Nem me pediu licença
Não perguntou da minha crença
Nem onde moro
Nem o que sou.
Não perguntou o que eu faço
Do que eu gosto
O que eu posso
O que eu não posso.
Não perguntou o que eu quero
Nem porque me desespero
Não me perguntou nada
E nem nada me contou.
Não disse que eu era linda
Nem que sou inteligente
Nem me disse que era urgente
O nosso caso de amor.
Eu fiquei também calada
Não dava pra dizer nada
Para quem nada perguntou.
E no silêncio que nos guia
Nosso namoro
É a mais linda fantasia.
Dolores Fender
10/12/2015
Comentários
Parabéns, poetisa, poema lindo, primoroso, lírico, adorei... Abraços, paz e Luz!!!
Fiquei muito impressionado com a gama de dados apaixonantes que existe em seu poema. Uau!!! Deliciosa leitura que nos inspira, e provoca a vontade de sair dançando pelo salão em plenitude. Parabéns poetisa apareça viu – a saudade é grande!
Às vezes, o silêncio diz tudo. E a afinidade é tanta que duas almas podem se entender sem palavras...