D'Amore Si Muore

Cheia de afectos se despede a madrugada
De uma noite nascendo a jusante da minha solidão
Empoleirou-se a um adeus quase predestinado, colorindo
O pigmento das saudades, indigentes…em reclusão

Ficou no tempo apenas aquele vazio esgravatado,engravidando
A narrativa das memórias que agora naufragam entristecidas
Empurrando para a gaveta das solidões aquela lágrima
Radical deixando um legado de ilusões sempre tão expeditas

A noite numa pieguice desmedida cerceia cada desejo privado,
Introvertido, parindo todas as dores que apoquentam o artífice destes
Versos aduzidos numa amplitude de palavras incrustadas nesta estrofe
Amiúde aplaudindo qualquer iludente inquietude arquitectada

Despediu-se o exaurido tempo imortalizado num show de
Mágicos momentos de amor…pois de amor se morre deixando em
Suspense aquele adeus paralisado, quase maquiavélico capitulando,
Repisado até que em apense procrie cada desejo bem mais improvisado

FC

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Gostei desse poema, assim como gosto de todos os que você escreve, um poeta super criativo.

  • Parabéns, poeta amigo, poema lindo, primoroso, adorei. Sou seu fã. Você é mestre neste tipo de poema, meus sinceros aplausos. Abraços, paz e Luz!!!

  • Aplaudo a sua poesia bem arquitectada, magnífico amigo FC, beijinhos.

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