DECODIFICA-ME

desmontando_cabeca.jpg?profile=RESIZE_710x

 
Imagem relacionada
DECODIFICA-ME


 
O que escrevo sou eu
Minha letra revela partículas de mim organizadas em grafos
Grafadas, psicografadas pelo meu ego.

Se estou feliz,
As letras esboçam sorrisos
Nos cantinhos de suas extremidades
Se estou triste, elas choram
E transbordam a folha umedecida
Se canto, elas dançam
E exalam melodia no ímpeto do ritmo...

Eu caibo dentro de cada palavra que escrevo
Mas também as transcendo
E viro reticências...

Na despetalada flor do bem ou mal me quer
Eu sou a flor mulher cujas pétalas se espalham
Pelas linhas em forma de versos.
Apaga-me os versos, arranca-me a alma...
E eu serei poesia ainda no mundo das ideias
Platônica e ensimesmada...

Se minha letra te fere,
Se minhas palavras te ofendem
É porque em algum momento
A ensinaram ser punhal...

Se elas te beijam e te acariciam
É meu amor que te procura
Acima de nosso bem e de nosso mal...

Sou o que escrevo como anagrama de mim
Decifra-me e entenda minhas luas
Aceita-me e doma minhas feras,
Ou te devorarei
Porque estou escrita assim...

Minhas reticências dizem mais
Mais do que teus olhos podem ler
Decodifica-me!
Pois desde o início estou escrita pra 'VOCÊ'.
 
 
By Nina Costa, em 21/07/2013

Imagem relacionada

Obs.: O emprego da palavra "VOCÊ", neste último verso, gramaticalmente, está incorreto.
Porém usando-me de licença poética, quis demonstrar nesse uso em lugar da palavra  "TI", aproximação e familiaridade, identificação.
 
Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Nina Costa

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • O poeta revela-se no todo do seu escrever. Linhas e entrelinhas se complementam na grafia de suas intenções, desejos e paixões e trazem à luz o sempre e inacabado poeta qual fonte que jamais seca!
    Belo poema, Nina, parabens!!!
    • Sim, uma inesgotável fonte de versos é o que pretende ser o poeta.
      Obrigada pelo comentário em síntese de tudo é do nada que somos, amiga!
      Beijos!
      Nina
  • Quando lemos um metapoema, sabemos que o poeta faz do verso mais uma veia onde corre seu sangue. Nina, sua veia de poeta inunda-se da própria vida e transborda belezas!

    • Obrigada, amigo poeta!
      Na minha modesta condição de amante das palavras, digo que apenas me rendo aos caprichos delas.
      Fico enternecida com seu comentário.
      Beijos!
      Nina
  • Parabéns, poetisa amiga, poema lindo, primoroso, adorei. Obrigado, por compartilhar este saber de gramática, fiquei extremamente contente, fascinado. Irei observá-la bem de perto para decodificá-la. Abraços, paz e Luz!!!

    • Kkkk...
      Que bom que gostou, amigo poeta!
      Sinta-se à vontade! Ser-me-á uma honra!
      Beijos!
      Nina
This reply was deleted.
CPP