DEPOIS DO TEMPO

DEPOIS DO TEMPO

 

Não há nada de moderno em usar cabelos compridos,

Nós já o fizemos.

Não há avanço nos protestos,

Nós já o fizemos.

Colocamos flores em bocas de canhões,

Servimos de café nossos algozes.

Caminhamos e cantamos,

Erguemos o nome da razão,

Em nossos corações,

A bandeira colorida,

Baluarte da vida...

Sangue derramado,

Heróis crucificados.

Intenções desvirtuadas,

Estradas perdidas.

Erguemo-nos em sinais,

Nossas mãos agitando-se ao vento,

A tempestade um momento

Que o tempo não pôde apagar.

Sonhávamos, como se sonha agora

Com a hora de termos a paz

Bem à frente dos nossos narizes,

Comparamo-nos aos outros países,

Julgamos a tantas pessoas,

Quais as boas ideias

Que nos trouxeram os idealistas?

Nossas vistas cansadas

Das pernadas que esta vida nos dá

Apenas no preparou para o novo futuro,

O problema é que mudaram as pedras,

Mas não destruíram os muros...

 

 

Mário Sérgio de Souza Andrade    01-05-2017

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Comentários

  • 3664911?profile=original

  • 3664666?profile=original

  • 3664668?profile=original

  • Excelente trabalho amigo! A paz.
  • 3664672?profile=original

  • Grande reflexão, meu amigo poeta!
    Penso que as vezes, cada um de nós devemos destruir nossos próprios muros para que mudemos, pouco a pouco a realidade. Será que estou sendo utópica? Eu gosto da utopia
    Meus respeitosos abraços, amigo poeta.
    : )
  • O tempo, vem dele sempre aquele algo temporizado pelas tendências do inicio que se propaga sempre naquilo que vira, Muda-se os caminhos mas o destino não

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