Tenra nasce a manhã harmonizando
Cada galho de tempo primaveril
Colhendo aquela subtil cor que perfuma
O cardume de sonhos rompendo pelo
Peitoril da vida generosa e febril
Sussurra-me o tempo numa cruel e imparável
Fuga pelo tempo
Agigantando os devaneios sentados à penumbra
De um silêncio viril e indecifrável
Esmerou-se a noite despindo-se em fatias de horas
Lânguidas bailando na indigente escuridão que jaz
Agora olvidada, insaciável…insuperável
Mordendo os calcanhares a cada sonho escapulindo
Neste instante de tempo correndo…correndo inexorável
Desmascarei por fim o oxigenado momento da vida
Onde deambulo desbravando a milimétrica hora
Magnificente orquestrando os destinos de um desejo
Minucioso gerado, corroborado…auspicioso
A alma por fim escudou-se no baú das minhas saudades
Fertilizando cada memória cativa habitando o afrodisíaco
Desejo mais ritualista dissimulando os seres que se geram
Excêntricos graciosos telepáticos e maníacos
Frederico de Castro
Comentários
Parabéns, poeta amigo, passei para viajar em seus versos e aprender contigo os segredos literários mais profundos... Abraços, paz e Luz!!!
Nossa, você realmente sabe usar as palavras. É muito profissionalismo. Parabéns! ( e esta música do vídeo, belíssima também).
Obrigado amiga pela visita
Abraços
FC