Dor da alma

E ela dói, dói a dor da eternidade

Quão perverso é este caminho do nada

Açoitada em seu casulo de fada

Segue o rio em sua docilidade.

 

Essa dor, um castigo tão bem aplicado

Ou um karma de origem instável

Oscilando entre lágrimas louváveis

Na carcaça do ser açamado.

 

Oh dor, que me arrasta desde os dias frios

Entre pó, entre rochas e penúria

Provocando o desprezo e a fúria

Desta alma sedenta e vazia.

 

Dói, uma dor que o corpo inebria

Sepultando os desejos agudos,

Uma dor hedionda e muda

Escoltando esta vida arredia.

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Sandra Medina

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Comentários

  • Essa dor da alma que é única em cada coração se irradia por cada veia.

    Parabéns Sandra, bom te ver retornar.

    • Então Edith, muito bom retornar, estava com dificuldade de acesso, senti saudades! Espero não ter mais problemas rsrs. Beijinhos e obrigada!
  • 3643661?profile=original

  • 3643581?profile=original

  • Perfeito! Um forte abraço!

    3643491?profile=original

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