E ela dói, dói a dor da eternidade
Quão perverso é este caminho do nada
Açoitada em seu casulo de fada
Segue o rio em sua docilidade.
Essa dor, um castigo tão bem aplicado
Ou um karma de origem instável
Oscilando entre lágrimas louváveis
Na carcaça do ser açamado.
Oh dor, que me arrasta desde os dias frios
Entre pó, entre rochas e penúria
Provocando o desprezo e a fúria
Desta alma sedenta e vazia.
Dói, uma dor que o corpo inebria
Sepultando os desejos agudos,
Uma dor hedionda e muda
Escoltando esta vida arredia.
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Sandra Medina
Comentários
Essa dor da alma que é única em cada coração se irradia por cada veia.
Parabéns Sandra, bom te ver retornar.
Obrigada, Antonella! beijinhos...
Perfeito! Um forte abraço!
Obrigada, Eduardo! Abraços.