Era uma vez…
O malabarismo semântico no sabor interminável
de um poema degustado na brutal e sublime manhã
atordoando a diagnose do sentir sentido da alma
sussurrando numa absoluta e extasiante apoteose
Era uma vez…
A aspergida oração faminta elaborada num golpe
de fé asfixiando o pasmo verso confinado a uma tese
ou teorema de amor compilado num raro brado instintivo
convertido subitamente num sonho abocanhando-te faminto
Era uma vez…
A graça cheia de graça
A prenhe sinfonia fisgando cada silêncio onde descalço
meus lamentos capitaneando um tempo tecido num átomo
de desejos massajando cada instante ousado de loucura que
percorro à posteriori
castigo amargurado retido na solidão carrasca e pujante
onde me embebedo na proveta do tempo sucumbindo ofegante
Era uma vez…
O desventrar da manhã pousando no silêncio sedento
e exausto desbaratando o desejo complacente e contagiante
arremessado pelos versos que teço fecundando-te entre
demências sedentas e fotogénicas enquadradas no
portefólio da hipnose lírica e viciante
Era uma vez…
A procura incessante da tua imagem delicada e exuberante
devorando o acórdão em litígio no tribunal poético por
despacho da sentença penal qual cumulo jurídico
ou aresto final das palavras unânimes, restritas, promulgando
o veredicto do imenso silêncio possante ruindo devagar, devagarinho
…pela lei pela grei escapulindo da corte das paixões supremas
e absolutas…a pena de morte de vez abolindo
Frederico de Castro
Comentários
Depois de viajar por sua belíssima inspiração. Não poderia sair sem deixar os meus abissos cumprimentos.
Grato amigo Sam me deixa lisonjeado
com seu comentário
Abraço
FC
Parabéns, poeta amigo, passei para ler e deleitar-me na beleza dos seus versos... Abraços, paz e Luz!!!
Obrigado Marso...linda sua formatação
Abraços
FC
Grato pela gentileza
Votos de um dia feliz
FC
Palavras que se atraem as imaginações ode abolia-se os mantos da vida
Obrigado José Carlos pela visita
Dia feliz
FC