Esculturas Vazias

Procuro retirar da forma
Espaços vazios.
Como estar numa sala
Olhando arestas imaginárias
Cheias de realidades invisíveis.
Onde não há memória
Porque nada se criou ali,
Além de teias e desejos,
Contornos viajantes
Através olhares táteis;
Da dureza da matéria
À sedução da luz.
Criação que nada se espera,
A não ser,
Esquecer da própria materialidade.

Imagem e poema de Airton Parra Sobreira









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airton sobreira

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