FETICHE

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FETICHE

 

No estreito quarto da imaginação


Dispo do pudor que me enclausura


Visto tua pele em meu corpo e amo


Experimento pouco à pouco essa loucura


Que ganha a avassaladora forma d'um vulcão

 

Diviso da realidade a espessura

 

E do sonho toda vastidão 

 

Na inevitável erupção me inflamo

 

Diante do espelho a tatear co'a mão


Tua pele sobre a minha pele


Transpirando em mim a mesma emoção


Faço de ti minha secreta identidade


Deito sobre estrelas espalhadas pelo chão


Acordo desse transe molhada de purpurina


Será verdade ou pura obsessão?


Tua pele amontoada em um canto


E o desejo extasiado de ilusão


Cubro-me do pudor, a roupa de menina


Saio do estreito quarto da imaginação...



"__ Viu minha pele por aí?


__ Sinto muito, amigo, não vi não!"


Irene Cristina dos Santos Costa -  Nina Costa, 1999
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Nina Costa

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Comentários

  • This reply was deleted.
    • Obrigada, Geraldo, pelo singelo comentário!

      Os primeiros arroubos juvenis são deveras inesquecíveis...

      Beijos!

      Nina

  • Parabéns, poetisa, poema lindo, primoroso, adorei. Abraços, paz e Luz!!!

    • Obrigada, amigo!

      Bom dia!

      Beijos!

  • Uauuu! Poema abusado! Lindo! Lírico!

    Parabéns Nina.

    Destacado!

    • kkk... Obrigada, Edith!

      É abusado?!! Sei lá... é uma menina...

      Beijos!

      Nina

  • 3679067?profile=original

    • kkkkk
      Obrigada, amiga!
      Bom dia! Tenha um feliz domingo!
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CPP