Indefesa tristeza

O perfume do silencio palpitará entre
Todos os paladares degustados num
Medonho dia onde se despenhou um
Lamento implícito e tão tristonho

Ali repousam vagarosos e improvisados
Todos os cânticos inéditos e recônditos
Ovacionando os instintos esbatidos num silêncio
Explícito e afoito amadurecendo o ovócito da vida
Clonada irrompendo majestosamente confeccionada

Nenhum verso será jamais meu
É património desta humanidade onde o sonho
Peregrino feliz gemeu acomodado aos bastidores
Da vida numa precisão de beijos e abraços
Patrocínio deste amor repleto de cumplicidade

Desenho nas linhas das tuas impressões
O verso ledo e faminto vagueando entre as
Conexões digitais do tempo que passa assim
Num concluio de ilusões escasseando

Assim fotocopio e imprimo cada sonho escapulindo
Pelas encostas desta solidão velada numa
Desdenhada noite inundando a indefesa tristeza
Morrendo massiva e quase sedada

Na linha imaginária do tempo, por lá
Afloram todas as fronteiras do amor
Destino traçado no passaporte da vida
Recriada , vadiando sorrateira, emancipada

Ficou silencioso aquele rabisco de um chuvisco caindo
Sinuoso pelos batentes desta solidão destelhada
Alinhavo costurado delicadamente num verso carente
Cingido e abençoado no engendrado desejo perdido nas
Calendas do tempo impetuosamente do tempo despojado

Frederico de Castro

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Frederico de Castro

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • 3672805?profile=RESIZE_1024x1024

    • Linda formatação. Seus trabalhos

      ficam sempre muito belos.

      Meus agradecimentos

      FC

  • 3672788?profile=RESIZE_480x480

  • 3672673?profile=original

    • Obrigado Marso  pela gentil mensagem

      Bem haja

      FC

  • Beleza e conteúdo com consistência- é isso que vejo em suas obras. Frederico quando eu crescer quero ser igualzinho a você! (Assim fotocopio e imprimo cada sonho escapulindo)

  • Nenhum verso será jamais meu
    É património desta humanidade onde o sonho
    Peregrino feliz gemeu acomodado aos bastidores
    Da vida numa precisão de beijos e abraços
    Patrocínio deste amor repleto de cumplicidade

    ------ 

    Num medonho dia onde se despenhou a esperança,

    suicidando qualquer atisbo de existência....

    Amigo querido, entre a imagem e os versos, lembrei que, ainda parezca incrível, há mais mortes no ano pelos suicídios- desesperança absoluta- que pela soma de todas as vítimas das guerras, fomes... etc... 

    Em 2º lugar, los accidentes de tráfico...

     Estadísticas que horrorizan.

    Mas são verdadeiras.

    Bravo sempre.

    Berm hajas.

     Beijos

     Doces sonhos

     

    3672610?profile=original

    • Grato sempre Maria pela sua constante

      gentileza

      Abraço poético

      FC

  • This reply was deleted.
    • Ana Lucia deixo meu agradecimento pela

      sua mensagem gentil...Bem haja

      Abraço poético

      FC

This reply was deleted.
CPP