Na ingenuidade dos teus pensamentos,
navegas ao sabor dos ventos e sem porto de chegada.
Flutuas numa jangada, que por estar mal amarrada, se quebrará em sofrimentos.
Os ventos levam sabor e que por Adamastor Te levam a ti enganada/o.
P’las ondas dos dissabores e à espera que dias melhores, espreitem nas nuvens opadas.
Mas não julgues o fim da história e por bem aviva a memória, que encontrarás um melhor cais.
Que se remares com muito empenho, p’las águas desse desenho, o apagas com forças tais.
Ao chegar, poderás ver, Terra firme e sem tremer, que por ti há muito espera.
Atraca essa Galera, porque já será Primavera, e de flores te cobrirás.
Aqui quererás semear, Colher frutos e saborear, doces sumos, vinhos e pão.
Depois será o teu coração, a chamar o quente Verão, para te aquecer de Amar.
Mário Silva (1994)
Comentários
Obrigado Cristina... Este poema saiu-me corrido, sem parar ou pensar em rimas... Acho que alguém do céu me ditou...
Obrigado Elzana..
Parabéns, poeta, poema lindo, adorei... Abraços, paz e Luz!!!
É· belissimo, e muito bom.
Realmente pura prosa poética...
Profunda e boa, com imágenes e metáforas de sonho...
Obrigada.
Parabéns