LENTIDÃO

LENTIDÃO

 

Tão lentos são os meus dias!

Não direcionam-me como queria

Amortecem-se entre os espinhos

A espera de sábios caminhos

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Pelejo em apressar meus passos

Me atraso neste compasso

Cabeça gira a 360 graus

Atropelo-me sem degraus

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Já tentei aligeirar-me, sem êxito.

Fiz corridas, dei saltos mortais

Sucesso em quedas livres

Com rezas e credos cordiais

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Neste meu desassossego

Lentidão és meu molejo

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Bendito seja meu coração

Devagarzinho e descompassado

Suscita minhas emoções

E deixa-me assim...

Sem direção.

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Ando devagar

Hoje tenho pressa

Já não me espero mais.

  
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Comentários

  • Como não poderia deixar de ser, suas matérias nos emprisionam na essência de suas palavras!!

  • Belíssimo!!! Parabéns!!!

    3680133?profile=original

  • Parabéns, poetisa amiga, poema lindo, primoroso, adorei. Abraços, paz e luz!!!

  • Penso que aceleremos muito o passo diante do tempo que, passa com muita rapidez, quando nos procuramos, fomos sem perceber.

    Belo poema, Selda.

    Destacado!

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CPP