LENTIDÃO
Tão lentos são os meus dias!
Não direcionam-me como queria
Amortecem-se entre os espinhos
A espera de sábios caminhos
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Pelejo em apressar meus passos
Me atraso neste compasso
Cabeça gira a 360 graus
Atropelo-me sem degraus
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Já tentei aligeirar-me, sem êxito.
Fiz corridas, dei saltos mortais
Sucesso em quedas livres
Com rezas e credos cordiais
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Neste meu desassossego
Lentidão és meu molejo
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Bendito seja meu coração
Devagarzinho e descompassado
Suscita minhas emoções
E deixa-me assim...
Sem direção.
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Ando devagar
Hoje tenho pressa
Já não me espero mais.
Comentários
Como não poderia deixar de ser, suas matérias nos emprisionam na essência de suas palavras!!
Belíssimo!!! Parabéns!!!
Parabéns, poetisa amiga, poema lindo, primoroso, adorei. Abraços, paz e luz!!!
Penso que aceleremos muito o passo diante do tempo que, passa com muita rapidez, quando nos procuramos, fomos sem perceber.
Belo poema, Selda.
Destacado!