Nos seus passos, ela mostra fragilidade,
Seu chão parece ser de textura fina,
Com leveza, e uma grande suavidade,
Ela caminha sobre a densa neblina.
*
Tudo é vazio, insípido, e incolor,
Seu coração está desgastado de saudade,
Ela penetra, ausculta, agarra, invade,
O espaço com o átomo do amor.
*
A dor que a contorce é tanta, tanta,
Parece a noite quando se levanta,
Deixando os olhos a estagnar.
*
E o cosmos sentindo compaixão,
Presenteia-a com uma linda visão,
Da sua imagem no chão a brilhar.
*
Cristina Ivens Duarte-5/01/2017
Comentários
Em cada palavras os sentidos se manifestam em busca dos verdadeiros momentos onde o silêncio grita o amor. Viver uma solidão e estar fragmentado.
Retornei para saborear com bastante calma cada frase e cada substância presenteada no seu patente poema. Você não é 10 – Você é pra lá de 1000!
Nossa, Cristina, eu amei ler teu soneto. Muito lindo!
Destacado!
Grata amiga Regiane, pelo seu caloroso comentário, beijinho.
Estou aqui hoje, para visitar mais uma vez o pomar dessa lavradora de palavras e de ilustrados cultivos.