Ausenta-se em fuga o féretro
do tempo…todo o tempo
No breu da noite roendo, roendo
A solidão espectro da meditação
Desfilando neste abissal silêncio
Onde soçobra a tristeza estampada na recitação
De um verso ausente…distante consumido na
Hora insípida, desidratada em lamentação…
E assim destilo meus pensamentos algemados
Ao cativeiro do tempo
Sólido presídio onde ancorei
As memórias e o cio de cada desejo abismado
Vicejando entre saudades e sonhos agora exorcizados
As ausências depressa se esquecem
Assim que a solidão rompa o invólucro das tristezas
O esquecimento percorra as avenidas das desarmonias
E sepulte de vez este inquisidor tempo ruindo
Solidário e sem subtilezas
Põe-se agora a noite agreste em sintonia
Com o monopólio das minhas póstumas exéquias
Alicerce do lajedo nesta existência perene onde reconcilio
A vida refluindo qual voyeur escutando os olhares inquietos
Enfrascados ao pensamento grisalho abalroando as alegrias
Desertando na paisagem imune vagueando sem mais afectos
Frederico de Castro
Comentários
Parabéns com incentivo que prossiga com essa inspiração que tem no coração.
Divino momento de inspiração, Frederico, tens nos brindado com o melhor de tua lavra.
Parabéns!
Destacado!
Grato Maria
Votos de um dia em paz
FC
Obrigado Marso pelo comentário tão gentil
Abraços
FC
Frederico, você sempre surpreendendo.
Sou tua fã confessa!!! Teus escritos são de uma maestria ímpar!!!
Obrigada por compartilhar e nos deleitar com tamanha beleza!!
Eu é que agradeço sua linda mensagem
Bem haja
FC
Parabéns, poeta amigo, poema lindo, primoroso, versos feitos com maestria, você é um poeta excepcional, é uma honra dividir o espaço desta casa contigo... Abraços, paz e Luz!!!