Olhai os lírios em silêncio
Como se vestem e adormecem
Todos os tentáculos do tempo
Perfumando nossas solidões
Adormecidas no jardim onde
Outras paixões florescem em
Vagas de fantásticas emoções
Olhai os lírios em silêncio
Como quem desperta a brisa
De uma gargalhada dócil e grata
Fecunda este meu
Canteiro de ilusões onde
Plantei o carmim desejo
Que agora me alimenta e farta
Qual ígneo sonho
Arde…morde e traga
Olhai meu silêncio sorrindo
Aos lírios nascendo em cada
Eco de alegria esvoaçando
Na métrica deste poema
Entreaberto ao decote da vida
Desesperadamente a nós
Se entregando num folguedo
Supremo…latejando num absoluto
Desejo apetecendo, onde me lambuzo
Com os aromas dos seus gracejos acontecendo
Frederico de Castro
Comentários
Divina inspiração, fantástico! Parabéns e um abraço.
Uauuuu, que luxo de poema Frederico, sempre tão lírico e lindo. Parabéns!
Destacado!
Eu olhei, li, e me lambuzei com o seu poema! realmente um jardim perfumado, abençoado talento, beijos FC.