Ontem a solidão...

Ontem a solidão chegou e pavimentou
Todo silêncio tristonho, afoito
Herança desta brusca reclusão tão explícita
Caiando as paredes das memórias
Perdidamente inóspitas e lícitas

Incerto meu destino estigmatizado por
Tantas despedidas proscritas encenadas
Em cada improvisado instinto mais indómito
Atenuou a espera que desespera
Inacabada e austera

Dei ouvidos a estes versos loucos
Nascendo eunucos…esporádicos
Abotoando meus silêncios peregrinos
A toda ilusão provisória que cotuco acanhada
Recíproca e persecutória

Passaram disformes os dias de outrora
Alguns desgarrados, simplórios uniformes
Aninhados a um calendário calcorreando vendado
O tempo indefeso servil e blindado

No organograma dos tempos reescrevo
Os versos que perscruto no vento ainda
Famintos, predatórios acendendo a longínqua
Esperança velando cada sonho nascendo propiciatório

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 3663278?profile=original

    • Grato Maria suas visitas são sempre reanimadoras

      Bem hajas amiga

      FC

  • Parabéns, poeta amigo, aplausos mil ao seu versejar maravilhoso, seu dom magistral... Abraços, paz e Luz!!!

  • This reply was deleted.
  • 3663563?profile=RESIZE_1024x1024

    3663573?profile=original

    • Linda formatação. Magistral Marso

      Meus aplausos e agradecimento

      FC

  • É verdade, Elaine! Show de versos, show de palavras e show de conteúdo!

    E ainda me deslumbrei com o show de imagem! Bjs.

  • Show de versos poeta!
    Encantada estou!
This reply was deleted.
CPP