" Penas "

De tão longa que é a noite, ela me inunda,

De um rosa escuro, sentindo-me transportada,

Para uma cor tão linda, tão profunda,

Aonde a dor... não me dói nada.

**

Minha alma alcança a leveza das penas,

E é tão pura a paixão...que me afundo,

Na sua graça e macieza ao vê-las,

Tocando na minha nudez por um segundo.

**

A noite sossegada e infinita,

Segreda-me palavras excitantes,

Que as auréolas das minhas rosas tão bonitas,

Arrebitam os meus seios circundantes.

**

Com sorrisos, com lágrimas de preces,

E a fé do meu amor ingénuo, a norte,

Para toda a vida se Deus assim o quisesse,

Amaria as penas, até ao fim da minha morte.

**

Cristina Maria Ivens Duarte-14/02/2017

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Cristina Ivens Duarte

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Comentários

  • Sua inspiração para falar da vida, suas penas me encanta sempre.

    você é exímia criadora de versos! Bom dia e beijos na alma!

  • Que essas penas te façam flutuar além do teu imaginar. Amei. Bjos
  • Muito bonito o poema que li aqui,

    De um talento ímpar e impecável.

    Parabéns, Cristina!

  • Como sempre, maravilhoso. Teu talento é inquestionável Cristina. Parabéns!

  • Como um colibri sobrevoando as flores sobrevoo cada texto que você compõe. Pousei aqui, para plainar em seus axiomas.

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