RESISTÊNCIA

Tenho joelhos frágeis,

Não me ajoelho.

Minhas mãos estão gastas

E meus olhos, secos.

 

Foram-se as curvas do caminho,

A vida tornou-se uma reta interminável.

 

Os sonhos se perdem no espaço,

Coitada da minha aorta...

 

É faca, foice,

Bisturi,

O último que ri.

 

São vorazes os ursos do paraíso,

Presas afiadas, pedras colocadas

Entre a mentira e a verdade.

 

Nada é verdade

Além da minha face avermelhada,

Luto nos olhos,

Vergonha na cara.

 

A tristeza remete à poesia,

A rara ciência do desconhecido,

O viver, mesmo sem valer a pena,

Apenas por ter vivido.

 

 

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Comentários

  • 3666510?profile=original

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  • Momentos que os insanos vem de encontro com nosso ser, os sentido choram uma imensa dor

  • Parabéns, poeta, poema lindo, maravilhoso, adorei. Abraços, paz e Luz!!!

  • Mais uma de tuas deslumbrantes obras poéticas. Encantadíssima! Bjs

  • Fiquei deslumbrado pelo seu bom gosto e pela confecção do mesmo.

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