Secreta cor da tarde ...
Num passado de aventuras,
leviano coração conheceu tantos amores por aí...
nos braços do prazer infinito de corpo e alma se entregou...
Quando o fulgor das noites luminosas se apagou,
naufragou na tristeza de promessas enganosas...
dum amor doído, incontido,
saudade tanta que até doía, trincou rosas...
Há quanto tempo não lhe ardia o coração?
Respira em sua garganta pele desconhecida...
Curar-se de tamanho frenesi? Tarde demais!
Perdido, a si mesmo procura. Quer esvaziar a alma...
Sob a secreta cor da tarde toma dum violão,
dum fio inerte,
palavras sentidas, arranca-as:
Doçura amarga dos poentes ...
Emoções recriadas. Beleza extrapolando trevas,
Tango triste esvai-se. Gemidos roucos, intensos...
Machucando com jeitinho, reencontro de ilusões...
num mundo sonoro e nítido e denso,
dança sozinho no meio da sua solidão...
faz pulsar corações com a amargura das suas melodias...
Marisa Costa
Comentários
Tristemente lindo teu poema. O poeta tem o dom mágico de transformar tristeza em beleza
Desencantos que se traduzem , vem dessas palavras uma dor que esta dentro do coração, riste paixão
Bonito poema, apesar da tristeza dos versos.
Meus aplausos!
Bom fim de semana.
Belíssimo amiga Marisa, parabéns, beijinho.
Deslumbrante poema esbatido numa secreta cor de tarde
pulsando na solidão das suas melodias...entre gemidos roucos e intensos
Meus aplausos
FC
Um poema que inspira belos versos bucólicos e sensíveis a alma.
Deixo a sua inspiração e a você
Meus aplausos!
Um ambiente cheio de ternura e deslumbramento. Passadinha pra me inteirar das novidades e lhe desejar um final de semana de paz!
Parabéns, poetisa, poema lindo, adorei. Abraços, paz e Luz!!!
Querida Marisa, gostei muito dos teus versos que soaram tristes mas belos para mim. Meus sinceros parabéns!
Beijos, Marcos.