Seiva do silêncio

Tenho o sabor das saudades morando

nos confins das minhas fronteiras

Reabro com emoção a inquieta palavra

contida na penumbra dos dias

Agrupo todas as estrelas formando

minha constelação de poesia

pulando de céu em céu até se pavimentar

o vestido silêncio feito seiva

numa travessia de afectos sem medida

 

Trago a luz atada às minhas mãos

sonhando-te iluminada na ortografia

dos prazeres vãos

armando a noite que se esgueira

bordando cada silêncio travesso e orfão

 

Nesta imensa e feliz dimensão de tempo

reencontro a patente de amor onde se

consumou a vida

Lembrámos todas as efemérides de

um sonho onde decifraste a conivência

deste verso

onde me revelo qual artesão de uma

história partilhada para toda uma existência

 

São tantas as palavras que o tempo albergou

por coincidência

deixando no apêndice dos meus silêncios

a seiva da vida possuindo por excelência

a gargalhada de poesia onde semeio

minhas palavras tatuadas na maciez

acolhedora da via láctea onde pernoito

feliz alinhado a cada murmúrio mais afoito

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 3641636?profile=original

  • Lindo poeta, parece  letra de uma canção em forma de poesia...Parabéns..

  • Bonito, amigo! Abraços.

  • A música de teus versos ressoam aos nossos ouvidos e nos encantam, Fred. Aplausos sempre!!! Bjs

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