O andar das pernas
Os olhos despercebidos
Fogem sobre a multidão
Vasculham os tetos
Das cabeças ocas e foscas
Na redonda, ornada de boné
E naquela, sem cabelos
Bem distante: a curva,
o pensamento
Dobra a esquina à espreita
Anela encontrar alguém
Perdido entre as andanças
Balela de vozes distorcidas
Vê as bocas se abrindo
Encorajadas pelo brilho
A luz dos olhos e não da alma
E procuro algum andarilho
A quem possa pegar no braço
Seguir o fim dos murmúrios
Esvaziar os olhos da multidão
Jennifer Melânia
Comentários
Reflexivo poema. Tantas vezes estamos em meio a muitos e nos sentindo só.
Parabéns pela construção da obra.
Um bom exemplo de arranjo e plantio poético.
Parabéns, poetisa, belo poema, adorei, abraços, paz e Luz!!!
Brigadu!!! Abraços.
Olá, poetisa linda! Meus agradecimentos e meu carinho. Obrigada! Feliz ano novo.