Ai! O nosso tempo esfuma-se nesta distância fria
E eu vou morrendo triste, em desalento,
restos mortais de uma flor que em melancolia
se desfaz no ar ao sabor do tempo.
Que romântico delirío, que desengano
quereres segurar o tempo, que sonho vão
quando se podem contar os dias num ano
em que eu sinto a tua mão na minha mão.
Um dia estarei velha desfiando o novelo
Do tempo que passou e não atendeu ao meu apelo.
Velhinha, sentada na porta olhando o horizonte distante,
Tentando ver-te a ti, também já velhinho, pois...
Ou será que o tempo dará tempo a nós dois
De vivermos, ainda jovens, este amor por um instante?
Comentários
Muito obrigado. Onde voces vao buscar estas imagens? Desculpem mas sou um pouco analfabeta em relação a isso.
Que lindo, Fernanda! Maravilha de poema.
Uma narrativa neogótica e triste demais, querida Fernanda!
Muito boa.
Beijos e Parabéns de novo!
Muito obrigado! Um bom dia!