Sustidos ficaram os sentidos em cada pedacinho
De silêncio mais intimo deambulando solitários pelas
Ladeiras do tempo onde atapeto cada lágrima
Rolando infinita e passageira
Tento saber de ti mas a saudade refugiou-se
Entre as trepadeiras da vida que vindimo
A cada vinícola colheita de amor onde redimo a
Memória embebedada e insuspeita
Guardo no sótão do tempo um poema alvorecendo
Vagabundo,compilando todas as solidões adormecidas
No regaço majestoso e submisso desta vida instável, inquieta
Parindo meu desassossego displicente e irreparável
No caule dos silêncios enxertei meus versos impotentes
Debilitados, indiferentes a todos os queixumes impressos
Numa lágrima velada, atrevida…reincidente, assim que me
Ausento no desacerto de cada hora comovida e complacente
Frederico de Castro
Comentários
Um poema de mestre! Lindas imagens poéticas em
construções bem arquitetadas na sua sua mente
pródiga de ideias! Abraços...
Parabéns, poeta amigo, poema lindo, magistral, seus versos são compostos com extrema competência, sua criatividade é evidente. Abraços, paz e Luz!!!
Sempre gentil amiga e poetisa Marso
Meus agradecimentos sempre
FC
Grato poeta Francisco Távora...suas palavras me comovem
Bem haja, um abraço fraterno
FC
A momentos da vida que os próprios silêncio se silência dentro daquele sentidos que se manifesta de dentro do tempo
Nem mais amigo JCarlos
Por vezes o silêncio é de ouro
Abraço fraterno
FC
Muito bem arranjado, milionário em penetração e bom gosto.