Neste vale traumatizado e enfermo
Onde encontra-se a completude do ser
Todos vivem perambulando a esmo
Destinados a ilusões d’um prazer.
A nascente de águas vermelhas se finda
Deixando a vida esquálida e fria
O coração revoltado em berlinda
E uma alma plantada em poesia.
Na imensidão dos pesadelos gritantes
A sintonia benevolente desenlaça
No ancoradouro uma estadia inconstante
E uma viagem que a existência amordaça.
São as mazelas que enfeitam este espaço
Tão catatônico, desarranjado e azul
Os astros brilham amenizando o inchaço
Deste invólucro desajeitado do sul.
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Sandra Medina
Comentários
Parabéns. Volto outro dia para decodificar outros novos textos com mais tempo.