Composição de prosa poética sobre imagem - mês de dezembro

Olhe a imagem, deixe o pensamento lhe levar pelos caminhos da imaginação.

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Se a sua prosa for divida em estrofes, esta deve ter o limite de 30 versos e o mínimo de 15 versos.

Se você optar por texto poético sem divisão de estrofes, mas em parágrafos, não o deixe demasiadamente extenso para que se possa condensá-lo num ebook.

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Respostas

  • A menina pássaro.

    Ela era muito tímida
    Era de pouco falar
    Mas tinha um segredo guardado
    Que não podia contar.
    E quem acreditaria
    Que ela sabia voar?

    E quando o dia morria
    Que chegava o entardecer
    Ela saia quietinha
    Desembalava a correr
    Corria pelas capinas
    Até conseguir levitar
    Seu corpo, então se elevava
    E começava a voar.

    E voava pelo céu
    No meio da passarada.
    Entre ela e os pássaros
    Não havia diferença
    O seu voo e o deles
    Era de igual pra igual
    Pois aquele era seu mundo,
    Sua verdade e crença.

    E numa tarde qualquer
    De um tempo não sei de quando
    Aquela menina tímida
    Que um grande segredo guardava
    Desapareceu de repente
    Nunca mais foi encontrada.

    Mas, eu sei que a menina
    Que sabia bem de si
    Resolveu virar um pássaro
    Está voando por ai...

    Marsoalex – 13/12/2016

  • Sonho De Uma Vida Inteira  

    Quando eu era criança, pendurava-me num galho da jabuticabeira, o mais alto possível, para que meus pés ficassem no ar. Balançava-me de um lado para o outro até levantar vôo, e voava, voava, voava pelos jardins ao redor de minha casa. A paisagem era linda, flores, borboletas e passarinhos de todas as cores. Eu desviava de galhos de árvores, de telhados e até de outros passarinhos, alguns até falavam comigo, voando ao meu lado, contavam-me segredos que só passarinhos podem ver lá de cima com o olhar puro dos passarinhos.

      Assim cresci, naquela chácara onde meu pai era o jardineiro. Meus sonhos se repetiam com freqüência e a sensação ao acordar de manhã bem cedo era a de que havia passado a noite inteira voando. Não parecia sonho e muitas e muitas vezes eu ia ao pé de jabuticaba e tentava repetir a experiência da noite, sem sucesso.

      Cresci e a jabuticabeira foi ficando cada vez maior, os sonhos se repetiam com mais freqüência, os vôos tornaram-se mais longos e mais altos. Os pássaros já me esperavam logo ao entardecer, assim que eu chegava do trabalho, para a nossa viagem diária.

      Ontem mesmo, vesti-me com o meu melhor vestido. Vermelho, que é a cor preferida dos pássaros, das borboletas e das abelhas, saltei do galho mais alto da jabuticabeira e voei, voei, voei.  Os pássaros já me esperavam e voaram, voaram,  felizes ao meu lado.

    Não moro mais naquela chácara, me casei, sou esposa, mãe e avó, mas ainda vôo como antigamente.

    Hoje, se quiser me ver voando, olhe para o céu ao entardecer, muitas aves e eu passaremos sobre sua cabeça, lhe estenderei minha mão e você voará comigo, é só imaginar e sonhar porque o sonho é o melhor alimento da vida.

     

    Dolores Fender

    02/12/2016

  • Bailar dos deuses

    Eis que ela surge, na praia a encantar
    Com teu bailado suave e frágil...
    Dança para o sol que se despede
    Imponente, pela vastidão do mar...
    Sente na pele o calor que ele proporciona
    Aquece o corpo, aquece a alma...

    Como num transe, rodopia pela areia
    Embalada no abraço caloroso
    Como dois amantes entregues
    Ao êxtase daquele momento fugaz...
    Despede-se de seu amado...
    Jaz agora em descanso...
    Recupera o fôlego para a próxima atração
    Que já desponta no horizonte...

    A lua,  bela e majestosa, adentra ao palco
    Num convite velado para uma dança sensual...
    O bailar recomeça, lentamente...
    O toque frio da lua em seu corpo quente
    Causa-lhe calafrios e arrepios de prazer...
    Seu corpo reage com volúpia
    Num frenesi de ardor e paixão...
    Atingem o ápice do prazer
    Para então adormecer na areia quente da praia...
    Sobre teu corpo, um manto de estrelas brilhantes.
    .

    Maria Angélica de Oliveira - 29/11/16

    Prosa poética sobre imagem - CPP

  • Acordei

    O dia estava nascendo!
    O sol já tonalizava o céu
    com as suas vivazes cores.
    Levantei-me com vagar,
    sentindo-me estranha e, levemente
    incomodada por algo qua ainda não sabia, ou
    talvez soubesse.

    E foi assim, que me desprendi
    das tuas lembranças,
    numa manhã rosada de primavera,
    quando senti o soluçar do meu coração,
    gritando pela janela da vida que,
    a vida estava passando.

    Rapidamente, livrei-me das roupas
    noturnas, refresquei-me na água do
    chuveiro, coloquei um vestido de voil
    vermelho e, sai.

    Caminhei devagar e, fui nas asas da
    brisa matinal juntar-me ao bailado das
    gaivotas sobre os campos perfumados
    de orvalho da manhã, enquanto o sol
    me deserdava das amarguras
    acumuladas na estação do inverno.

    Finalmente,
    deixo o passado ser lembrança e volto
    para terminar de compor
    a sonata do meu resto de existência.
    Vou reinventar minhas manhãs
    e aguardar a próxima primavera.

    Edith Lobato - 27/11/16

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