Nas doze badaladas do relógio

Nas doze badaladas do relógio

 

Nas doze badaladas do relógio que a meia noite anunciava

A princesa perdeu o sapato, a carruagem e o status.

 

Nas doze badaladas do relógio que anunciava o meio dia

Gata borralheira, eu, voltava às panelas e a pia.

 

Ai, ai, ai como eu sofria e desanimada esperava

Por meu príncipe encantado que nunca aparecia.

 

Cansada da monotonia nas doze badaladas do relógio que anunciava o novo dia

Tomei a decisão: adeus fogão e pia, vou estudar Filosofia.

 

Agora, passo os meus dias com Aristóteles, Rousseau, Sócrates e Platão

Coitado do príncipe encantado está à porta parado com meu sapato na mão.

 

Acabo de pedir uma pizza

Divido com ele ou não?

 

Dolores Fender

09/12/2017

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