Poema de Danusa Almeida - Na gota d'água que evapora

Na gota d'água que evapora

Água que se esvai 

No sol quente do sertão 

Leva um pouco de vida

A cada vapor que sobe do chão 

Em triste ironia cai

Do olhar do sobrevivente

Uma lágrima invente

No mesmo solo ardente

Gota d'água que evapora

A vida lhe implora 

Fica!

Mas a própria vida que fica

Deve lutar por solução 

Pois ela é a voz do sertão!

Até que todas as gotas que caem ou evaporem

Sejam resultado da luta, do orvalho

Na pele, na folha, no rosto

De alegria e gosto

Nunca mais de desgosto!

Danusa Almeida

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