Adoçar.

Está sozinha no seu quarto?
Posso, lhe fazer companhia!"
Deixe, eu sonhar e viver contigo.
Pois, a noite, ainda, se aproxima.

O cobertor, nos adivinha, amantes.
Sugando gotas do vinho.
Está sozinha no seu quarto?
Posso, lhe fazer companhia!"

Quero, sentir e amar você.
Procurando desejos na paixão.
Deixa, vai, adoçar, suas volúpias.
Culpando a minha solidão!"
Está sozinha no seu quarto?

Ednaldo F. Santos

Corrupto. 

Como, não amar você, repentinamente?'
Sob o rito da sua boca carmesim'
Atraindo meu corpo, para obedece-la!"
Se a vida, só deixa esta explicação.

Alfazemas, entre as melenas.
Paixão como um descanso soturno.
Lançando, éter, como cavatina.
Enlaçando cada curva perigosa.

Lembrando que minha alma, continua?'
Tornando, corrupto, o destino!"
Procurando amor, sobre a morte.

Descobrindo, que, não, há, mais, opção.
Trazendo o céu, sobre sua face.
Há, não, ser, refazer, nossos, passos.

Ednaldo F. Santos

Alopátricos.

Meus segredos, meus lamentos, meus ensinamentos!"
Amor, aparece em qualquer idade,
E a poesia, de canção fatal.
São alopátricos, não criam novelas.

Eles recriam a sua vida.
Abrindo brechas em nossa juventude,
Enamorando o profundo escarlate.
Aquela vida, que tu dizes perfeita.

Dedicação, carinho, simplicidade'
Quando sentires, o seu ser, hibernar*
São fatores da nossa humildade'

Acolha alguns prantos de paisagem*
Podendo, nos, refletir, acintosamente.
E de entanto, ame, o amor.

Ednaldo F. Santos

Calinas. 

Estou sempre afim de sentir paixão!'
Então, cavalgue e, siga comigo,
Abrindo o leito de favores.
Libertando meus gozos perversos.

Não importa quanto custa a genialidade.
Timbrando teu corpo na minha alma,
Quando vangloriáreis minhas coxas.
Pois, a sensatez, combina sentimentos.

Quero morder sua língua, escorregando-a!"
E mágico, quando nos aprisiona,
Nas melhores formas calinas dançantes.

Combinando uma boca na outra!"
Delícia, é ter algo sempre inventado.
Naqueles sonhos, que temos de amor.

Ednaldo F. Santos

Cartas de Amor. 

Depois, como se faz pra sentir?
A profundidade, olhando nos olhos!
Tenha calma, espere...Precipitação?
É algo, que não combina conosco!

Imagine, sinta o sentido que damos.
Não, ouça, eu guio você, noturnamente!
Depois, como se faz pra sentir?
A profundidade, olhando nos olhos!

Nossa se você soubesse, eu quero você.
Mais, não preciso de caminhos,
apenas de uma pequena sensação.
Vou lhe dizer...Cartas de Amor.
Depois, como se faz pra sentir?

Ednaldo F. Santos

Anjo Estais.

Tão próxima meu anjo estais,
E lá, vejo a lua me esperando,
Trazendo-me teu brilho de esperança.
Viajando pelo meu coração.

Tocando meu sangue na sua alma,
E enquanto se despede o amanhã?'
Surgem teus sonhos pelos meus olhos.
Levando-me a um lugar estrelado.

Tocando anos-luz na minha alma,
Mas, sinto teu beijo indo mais profundo'
E como um anjo vai repousando.

Rasando-me, como seu ordeiro!"
Lembrando o nosso amor perfeito.
Formando teu céu, nesta, terra azul.

Ednaldo F. Santos

Esperarei.

Esperarei anos por você amor'
Do que adiantaria desistir,
Se tudo, há sempre uma verdade.
E não partirei sem ti encontrar.

Os dias serão longos adversários.
Minhas lágrimas, serão o meu solo.
Encontrando-se, com os seus passos.
Mas, eu sei que consigo vencê-los.

E com isto, irá lhe abrigando,
Derramando entre eles, só você!"
Tornando a chuva minhas tempestades.

Procurando lugares no seu coração,
Formando para ti vários oceanos.
Fazendo-o crer, que nasci, pra você!"

Ednaldo F. Santos

Mãe.

Mãe, ser primo da natureza viva.
Entre os braços do Deus Pai Celeste;
Cria no ventre.Almas pro universo,
Tal como a uva pro vinho.
Embebendo as dores do parto ceso.

Dando passos da sua, soberania alta e divina.
Do medo que se conhece na terra!"
Mãe, menina, mulher!Ato lírico...E bizantino.
Na alma-,Misericórdia, vinda e prometida.
Como o chão, batido da velha mortalha.

Mãe!Que minha alma reconhece tirana.
Céu, Inferno-,E um mundo atalante.
Sê, teus jasmins, Amam-te?'
Trilho é o teu perfume-
-Atante de estrelas,-Amada pelos filhos.
Desenhada por cada manhã, na vera e vil magia.

Rosa, pulha entre a dina face escrava.
Teu beijo é néctar-E alimento de Flores.
Calando orvalhos na tulha cinzada.
Pois a hora, lhe torna primazia,
No céu, em vida e numa fiel calicantina dourada.
Réu a morte, curvada nos teus seios.
Tomando Luz...E um gole de prudência.

Conhecendo tua alma como dama maior'
'havendo o espírito.Na beleza,
Eh~Que por lindo?Isa sobre frieza.
Na era de um Deus Calil!
Lavrando os pés de sacerdotisa.

Mãe, que minha face vê, ordinária?
As vísceras, do caminho, são secundários.
Deixados nas ulas da primavera, o sossego.
Raiando o silêncio dum menino quera pastoril!
Nas vinhetas dos pássaros e dos anjos.

De harmônica lírica à virgem escondida.
Sentindo, as estações do memento.
Como a mais linda deusa efêmera!"
"Ó voz, que sai do peito?' 
Como é linda esta egéria rosa negra!" 

Dopando meus suspiros, neste outeiro fado!"
Procurando paz e vida, em bençãos.
Igual toda sombra na noite imprudente.
Abrindo caminhos, e a voz sobre ela.
Neste manto, que vem de tu Ó Senhor; 
Nas margens dos querubins da vida,
À face, de toda mãe, menina, mulher.

Ednaldo F. Santos

O Sentimento.

Olhes em tua face o teu pranto'
Acrescentando ao mundo, evolução,
Dando, teceres da morte em vida.
Declarando tua notória perfeição.

Se tu conheces de verdadeiro'
E então hajas, de sábio galante,
Ensinando, tuas cerces parábolas.
'O Sentimento, livra-te do mal.

Semeie teu espírito aos céus.
E aquecendo teus ossos no templo?
Pois vida, que canta, se torna divindade.

Aprimora-te como uma sombra,
Espalhando, Deus, sobre as muralhas.
E deixes o sol embaixo da terra.

Ednaldo F. Santos

Antigo. 

Quero a imensidão agora;
Vento que brota sobre as pétalas,
Abre a felicidade de perfumes.
E o teu amor errante sem fim.

Aproximando meus lábios nos seus.
Tendo o gosto dum amor párvulo,
Deixando toda alma na história.
Flutuando pelo espaço primaveril!"

Nosso barco corta o mar flutuando,
Se são, nuvens e uma missão dada?'
Não havendo, sombras e nem vaidades.

Nossos corpos, se molham de águas.
Pois o nosso começo foi mais antigo.
Esculpindo, neste chão, nossa paixão.

Ednaldo F. Santos

Abarcando-nos.

Estais me esperando, te amo¨
Ardente desejo, mesmo num tormento.
Macia e carente de tesões.
Mas, venhas estar comigo por horas.

( Insinuante-Aceita )-Adoro!
É a tua língua no meu corpo,
Sem conhecer as distâncias bajulantes.
_E o que mais, depende do lugar.

Quando o mundo por nós inundar,
Libertos, como pássaros selvagens.
Levando-nos para uma simplicidade.

Toda saudade conosco é ansiedade!"
De infinito o sol é eloquente'
Percorrendo nossos corpos, abarcando-nos.

Ednaldo F. Santos

Apelativo. 

O veludo de tua pele despe-me!"
E guarda-me-vós no teu coração.
Jogando pras procelas as sensações.
Vícios em meu corpo apelativo.

Buscando da vida todas as paixões!"
Das razões de te amar sob os confins-
-Todos os tripúdios de algum domínio"
Que na tua alma estou contigo.

Afinando um linho miúdo,
Sendo o roble no vil d'aurora,
Como uma corda, sobre a esperança!"

Deus!Toda minha sina estendida?'
Pois nos ombros da solidão, amo-te.
`À face, que toca, meu corpo apaixonado´

Ednaldo F. Santos

Apelo.

Longe dos meus braços pranteio solidão;
Tornando-me o fel, das noites longas,
E no mais, d'um, dizer, calmo malsofrido.
Pois acho-a, sem paixão descabida.

E como dói esta solidão envolvente.
Trazendo meus prantos em tua face?
Ah, que vazio, tenho pelo silêncio.
Condenando-me ao fausto exílio.

Cá, minha alma, chora por você!
Neste meu beijo doce e sincero?'
A distante, paixão, que me prometestes.

Sonda-me, ó mulher noturna.
Pois, o vento, parece, esconder-te.
O apelo, desta minha saudade!"

Ednaldo F. Santos

Jeito Carinhoso.

Então deixa-me, lembrar-te permanente,
De quanto, eu te quero comigo,
Cobrindo, nossos olhares tingidos.
Num charme por tua decisão aberta.

Tem saudade da minha boca?
Minha vida, vai te percorrendo,
Amando-te, de um jeito gostoso.
Abraçando-te de jeito carinhoso.

Sobre os atentares da calmaria,
E que rosa linda, lhe perfume, querida?"
Bem como, a madrugada, intrigante.

Num ente, de coração vidente!'
Tinindo, o desenvolver, da esperança.
Amor, posso viver, e tê-la estridente.

Ednaldo F. Santos

Amortalhado.

Neste coração amortalhado!"
E sigo, a hora, num leni desejo.
Sentindo tua língua ofegante.
Segue o teu espírito uno.

E dentre os meus prantos inquietos.
Despejando o mel pelo outono,
E colhendo grãos sobre o oceano.
Amo-a, como a lua.

E numa tarde os raios melindram!"
Sob os elos da alvorada sustante.
Nossos corpos, árduos e amantes.

Velejando sob os céus minguantes.
Pois nossos beijos, abrem o anoitecer.
Nossos ritos, de paixões, imaginantes.

Ednaldo F. Santos

Perfeito Sonho. 

( Não culpe sua vida, na minha!"
Podendo ser tarde, naquele pôr_
_Segurando, nossas almas sangradas'
Culpe o tempo, de não nos antes, encontrar!")

**Pois a dor deixa rastro no tempo-
Fica ali(...)Próximo de nós dois´
Alagando o destino em palavras´
E invade nossos corações secretamente**

`É tão tarde, e meu olhar te descreve´
Perseguindo o teu corpo, de meu!
Ora d'um contra-tempo maldoso-

E tornando, o teu corpo único.
Pela busca do desejo do amor'_
(...no perfeito sonho d'almas gêmeas...)

Ednaldo F. Santos

Acanalhante.

Desce a noite e o sol noturno.
E nas verdades lardeiam paixões;
Na igualdade de um amor maior.
Enlouquecendo as almas gêmeas.

Fazendo-as sentir o abismo, 
Dando lugar pra leal primavera,
Nos versos de adereços pertinentes.
Coberto de esperança orvalhada.

Contudo o tempo é impróprio-
Pois mora a solidão mensageira'
Levando alguma corrosão fugaz-

Ah e que belo este sentimento-
-Reunindo o seu espaço serene!
Sublinhando a esperança acanalhante.

Ednaldo F. Santos