Posts de Elaine Márcia (205)

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Eu vou...

Vou voar nas asas do vento

Viajar nos meus pensamentos

E nos seus braços me encontrar

Vou viajar... de carona com a saudade

Enfrentar as tempestades

Que no meu caminho encontrar

Ah! Eu vou...

Vou pegar asas emprestadas

Do colibri, do beija-flor

Da águia que voa apressada

Vou encontrar o meu amor!

Por você eu vou....

Elaine Márcia, Porto Velho, 06/10/15

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Só para você

A você, meu nego lindo

Entrego meu coração

A você, todos os meus versos

Toda a minha canção

A você, nego garboso

Que enfeitiçou o meu ser

A você, todo o pecado

Minhas delícias, meu querer

A você, nego fogoso

Toda a minha excitação

A você, entrego tudo

Nego do meu coração.

Elaine Márcia, PVH, 05.10.15

 

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Pingo de saudade e dor

Pinga o pingo lá na bica

Pinga, pinga, sem parar

Pinga o pingo dos meus olhos

E fazem meu coração gelar

 

Pinga, pinga... pinga o pingo

Dentro do meu coração

Pinga o pingo da saudade

Pinga o pingo da ilusão

 

“água mole em pedra dura

Tanto bate até que fura”

E este pinguinho, danado

O meu coração perfura

 

Pinga o pingo da saudade

Pinga o pingo em minha dor

Pinga... são lágrimas sofridas

Por falta de ti, meu amor.

Elaine Márcia, Porto Velho, 05.10.15

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Estive refletindo sobre o amor ...

O que nos faz gostar de alguém? O que nos faz querer estar junto, querer sentir o toque, o cheiro, o gosto de alguém?

Dizem que antes de uma ação concreta sempre tem um planejamento. Acontece primeiro dentro de nossa cabeça, em nossa mente e depois, Pimba! Torna-se fato!

O cérebro. Ele é a raiz de tudo.

Então é assim: você olha alguém, imagina um monte de coisas sobre esta pessoa, cria imagens... fantasias... e o cérebro tem tudo como real... o coração também... então, aquele alguém que é mais fruto de sua imaginação do que realidade passa a ocupar espaços e mais espaços dentro de sua cabeça. E você acorda e pensa nessa pessoa... passa o dia e você continua pensando... o último pensamento que te vêm à mente é o dessa pessoa... e você quer, e você deseja, e você ama.

Ama o que? A pessoa que está ali a sua frente ou aquela que você criou no seu subconsciente?

Afinal, esta pessoa existe ou é fruto de sua imaginação?

Que doidera!

Aff!

Madrugada de 31.10.2013

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Meu nego

Se tu me olhas, te vejo

Se me queres, te quero mais

Se saio e bato a porta

Você sai correndo atrás

E me pega, assim, de jeito

Me deixa sem ar, me refaz

E se a música é envolvente

Tu me tiras pra dançar

Numa dança eloquente

Eu me vejo flutuar

Você me deixa sem ar!

E se eu fico assim, cansada

Com beijos me regenera

Acaricia-me e se ajeita

Com você, tudo é quimera!

Você me ama, meu nego?

Diz que sim pra me agradar

Por que eu te digo, meu nego

Eu já aprendi a te amar.

Elaine Márcia, Porto Velho, 05.10.15

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Tautograma - A força do “M”

Mesmo manchada, marcada, menosprezada....

Mesmo molestada, magoada, machucada...

Mudança!

Minha mudança!

Materialize-se!

Momentaneamente, materialize-se!

Meramente, materialize-se!

Mostre-me!

Mendigo... mendigo... mendigo...

Minha mudança....

Muda meu mundo...

                     Meu mundo...

                               Meu mundo...

                                            Muda...

Mesmo manchada, marcada, menosprezada....

Miro minunciosamente...

Medito...

Minha mudança, minha majestade, minha magnitude manifestam-se!

Mesmo machucada, magoada, molestada...

Minha mente mostra-me...

Magicamente, mostra-me...

Minha mudança, minha majestade, minha magnitude manifestaram-se.

                     Meu mundo...

                               Meu mundo...

                                            Mudou.

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Amor platônico

Fico olhando aqui de longe

Este seu jeito garboso

Este seu olhar fogoso

Este seu porte, sem par!

 

Fico aqui, só espiando

Será que está me notando?

Eu fico aqui esperando

Este meu nego chegar

 

Fico aqui imaginando

Que comigo estás sonhando

Que também está me querendo

E que quer me namorar

 

Eu fico aqui esperando

Fico sonhando, sonhando

Com seus braços me abraçando

E seu coração a me querer

 

Eu fico aqui de longe

E a distancia me machuca

E eu fico um pouco confusa

Será que você me vê?

 

Mas na verdade

Você nem imagina

Que se tornou minha sina

Este eterno amar você

 

Você não sabe

Que te olho aqui de longe

Que por ti arrasto um bonde

Que sonho em te pertencer

Amor platônico

Que sufoca m’alma

Acaba com minha calma

E sacode o meu viver.

 

Eu só quero amar você.

 

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Eu queria...

Eu queria, em meus sonhos

Que eu fosse pra você

Fonte de inspiração

Pros seus versos,

Meu bebê!

 

Eu queria ser a rima

De toda sua poesia

E de ser a melodia

De todas as suas canções

 

Eu queria ser o rosto

Que tu pintas em suas telas

Eu queria ser a estrela

Que te encanta,

Meu bebê!

 

Eu queria, bem de fato

Ser a sua Julieta

E sair lá na sacada

Para ouvir toda faceira

Você cantar serenata!

 

Eu queria ser argila

Em suas mãos de artesão

Ser sua arte querida,

Fruto de sua inspiração

Neste ato eu sentiria

O toque de suas mãos, meu bebê!

 

Eu queria ser um rio

Ou quem sabe uma nascente

Eu queria ser as águas

A desaguar no seu mar

 

Eu queria ser semente

Dessas que são bem regada

Só para crescer enraizada

Dentro do seu coração

Meu bebê!

 

Eu queria te envolver

Com meus braços no seu ninho

E te dar muito carinho

Te abraçar, te pertencer

Para sempre,

Meu bebê!

 

Eu queria ser o vinho

Que tu colocas na taça

Saboreia e aprecia

Ah! Como eu queria ser!

 

Eu queria tantas coisas

Que jamais pude imaginar

Mas, resumindo tudo,

Eu só quero que me ame,

Assim como aprendi a te amar!

 

Elaine Márcia, 01.10.15

 

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Mãe não deveria morrer jamais!

Ontem um de meus cunhados perdeu a mãe.

Mãe não deveria morrer jamais!

Faz um pouco mais de três anos que minha mãezinha se foi...

Perder uma pessoa que amamos é muito dolorido, mas, quando esta pessoa é nossa mãe... Aff! A dor é descomunal!

Estou aqui, meio triste, reflexiva... apenas pensando... eu não conhecia a mãe do meu cunhado, mas, sinto a dor dele em minha dor de saudade... saudade de minha própria mãe... Lágrimas são inevitáveis.

Lembranças também.

Neste momento, o coração fica escarafunchando lá dentro aqueles sorrisos... os afagos... as manias... e um sorriso saudoso se mistura com as lágrimas... junto com aquela dorzinha enfadonha que o tempo não conseguiu retirar aqui de dentro...

Ela não tinha estudos, mas carregava consigo uma sabedoria bonita de se ver!

Tinha um corpinho pequeno, frágil... Mas, era uma mulher tão forte, guerreira!

Conviveu de pertinho com as dificuldades da vida, sofreu preconceitos por sua cor... foi humilhada! Mas, havia uma bondade tremenda em seu coração! Não media esforços para ajudar, não se negava a estender a mão!

Ela reclamava que já não enxergava bem... não conseguia mais enfiar linha na agulha... mas, enxergava tão perfeitamente quando algo não ia bem... “Eu sinto no peito, dizia ela, com os olhos do coração”

Ela educou sete filhas com esmero, cuidado e amor...

Nós éramos tão parecidas! Eu e ela... na face, no tamanho, na cor... também no jeitinho de ser... no sorriso, no amor... as minhas bochechas grandonas, foi dela que herdei – só glamour (rsrsrs)!

As vezes, me pego em algumas manias, em certos trejeitos que eram tão seus! E neste momento, me olho no espelho e tento enxergar os seus olhos nos meus...

Eu já chorei muito, por outros motivos... tristezas, sofrimentos, sentimentos ruins...

Mas, estas lágrimas que correm agora, são de uma saudade que não sai, nem tem fim...

Me lembro de como tu eras carinhosa... sinto teus chamegos, teus afagos, teus carinhos...

Em cada uma de nós, ficou algo de você... somos muito unidas, foi você quem ensinou, a nós – as irmãs – a propagarmos o amor.

E quando estou triste ou me sinto abalada, no colo das manas me sinto aninhada... em cada uma delas eu vejo você. Nos olhos, nas bochechas, no jeito guerreiro, no carinho, na atenção... no coração grandão...

Minhas manas  - elas tornam mais fácil ficar sem você!

Te amo sempre, minha mãe! Mulher bonita, guerreira! Te amo sempre... onde estiver! Até além da eternidade.

Elaine Márcia, Porto Velho - RO, 30.09.15

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O canto da solidão

Ei, ei, ei

Ei, ei, iá

Só queria te dizer

Que meu amor vai te encontrar!

Você veio aí de longe

Somente pra me perturbar

Ei, ei, ei

Ei, ei, iá

Minha roupa foi rasgando

Pra depois me possuir

Depois foi se retirando

E eu fiquei tão só aqui

Ei, ei, ei

Ei, ei, iá

Teu olhar de predador

Minha pele atravessou

Me pegou, me revirou

E depois me abandonou

Ei, ei, ei

Ei, ei, iá

Você veio aí e longe

Pra depois me abandonar

Vou juntar os meus pedaços

Pra depois recomeçar

Ei, ei, ei

Ei, ei, iá

Tá ouvindo bem garoto?

Você pode me escutar?

Vou juntar os meus pedaços

Pra depois recomeçar.

 

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Mulher negra

Mulher negra – poderosa!

Forte, guerreira – glamorosa!

E tem preconceitos – sim, senhor!

Mas, a mulher negra – se dá valor!

Seu corpo, sua pele – sem igual!

Tem peitos e quadris –excepcional!

Tem jeito, trejeito – tem amor!

Mulher negra, guerreira – tem valor!

E quebra grilhões – vence a dor

Cantando ela vence – a tristeza!

E quando está triste – a noite chora!

E então de manhã – recomeça!

Da raça tira a força – sem demora!

Que precisa em cada – situação!

Toda mulher negra – tem história!

De perdas, de lutas – de vitórias!

Toda mulher negra – tem beleza!

Tem graça, tem brilho – e pureza!

Toda mulher negra – se assume!

E deixa o cabelo – crescer!

Se arruma, se ajeita – com ousadia!

A beleza da negra – é bom de ver!

 

 

 

 

 

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Minha balança imaginária, meu ângulo de visão

Já me perguntaram por diversas vezes, por que relevo tanto as coisas que as pessoas me fazem e que às vezes me machucam um pouco... Já me disseram que sou boba, que só penso nos outros, que permito que pisem em mim...

Eu não concordo com nada disso!

Eu acredito que aprendi a olhar as coisas, pessoas e situações por vários ângulos... como se fosse um dado, por exemplo, que possui quatro faces diferentes...

Os sábios dizem que o significado das coisas dependem muito do ângulo em que são observadas.

É assim que penso! Rsrsrsrs... será que sou sábia? Não quero ser tão pretensiosa assim! Mas, estes 40 anos de existência me serviram para alguma coisa, né?!

Na verdade, olhando as coisas pelo meu ângulo de visão, acho até que sou um pouco egoísta.

Quando pondero ou não valorizo tanto certos “deslizes” penso primeiro em mim, no meu bem-estar, em minha alegria de viver!

Quem convive comigo já deve ter ouvido eu falar da minha balança. Aquela balança imaginária que uso para pesar coisas, pessoas, situações... Funciona assim: diante de uma situação conflitante, uso minha balança imaginária para pesar os prós e os contras... enquanto os prós estiverem pesando mais, não tenho motivos para me desesperar ou para não relevar, ou para dar tanto valor a tal coisa a ponto de permitir que minha paz de espírito seja abalada. Simples assim!

Não me lembro exatamente quando comecei a utilizar minha balança, o fato é que já pesei muitas pessoas, atitudes, situações... pessoas que tiveram peso negativo, me afastei delas. Atitudes que tiveram peso negativo, eu mudei e assim também fiz com as situações.

Faço por mim.

Continuarei, enquanto estiver dando certo.

Não sou perfeita, tenho tantos defeitos que nem sei como sou suportada! Mas, acredito piamente que todos nós, assim como uma moeda temos dois lados... um bom e um ruim... pesa mais o que valorizamos mais. É simplesmente uma questão de escolha. Então, por que vou escolher o lado ruim? Eu não!

Como diz a letra daquela música, “ ... eu quero é ser feliz...”

Enquanto isso sigo por aí buscando meu equilíbrio, diante do meu ângulo de visão.

(Reflexões na ocasião do meu aniversário de 40 anos)

Elaine Márcia, Porto Velho-RO, 29.09.15

 

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Qualquer dia desses

Qualquer dia desses

Eu mudo de direção

Esqueço as boas maneiras

E jogo tudo no chão

Em qualquer dia desses

Vou mesmo perder a razão!

Estou ficando cansada

De ser tão compreensiva

Vou jogar tudo pro alto

Só “empurrar com a barriga”!

Qualquer dia desses

Vou rasgar o meu diploma

Vou beber, encher a cara

Até cair, entrar em coma

Qualquer dia desses

Vou trair os meus princípios

Gritar, falar palavrão

Acho que um dia desses

Vou simplesmente

“Lavar as mãos”

Em qual dia desses

Vou esquecer as responsabilidades

Vou andar, meio sem rumo

E ser feliz de verdade

Hoje eu to de “saco cheio”!

Estagnada, sem paixão

Acho que um dia desses

Vou andar na contramão

Jogar sujo, quebrar as regras

E arrumar confusão

Vou fazer um dia desses

Tudo isso...

Só que não.

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Complexa existência

As vezes não nos damos conta de quão complexa é a nossa existência... de como rever algumas lembranças pode ser triste, penoso, assustador e ao mesmo tempo tão necessário... ao fazermos esta viagem para dentro de nós mesmos, muitas vezes encontramos respostas, curas, soluções... outras não.

O tempo passa. E nessa passagem, nem sempre nos damos conta de que somos a soma de tudo o que vivemos... somos o resultado de nossos relacionamentos, um pouco dos que se foram, dos que ainda estão próximos, misturado com muito de nós... somos frutos de nossas próprias escolhas... sofremos hoje, no presente, as consequências das questões mal resolvidas do passado...

Tudo é novo a cada dia... ou tudo se faz novo, pode ser novo... não sei! É assim mesmo? Tudo novo? ...

Incertezas.

Será que para que tudo seja novo ou se faça novo, precisamos antes fazer uma faxina interior? Será??? As vezes, penso que sim.

Chega uma hora, em que precisamos “abrir o baú das lembranças” e analisar cautelosamente cada “objeto”, retrato, palavras... cada detalhe... decidir o que jogar fora... o que merece continuar guardado... buscar aprender e reaprender com cada experiência vivida...

Recordações.

Somos reflexos de tudo o que vivemos. Um pouco de tudo e um tudo de nada!

Somos únicos. Únicos? É, somos! Porque mesmo refletindo, mesmo revivendo experiências, aprendemos e vivemos nossas próprias experiências... somos reflexos, mas, também refletimos!

Em minha “viagem interior”, encontrei respostas... mas, também encontrei muitos questionamentos. Surgiram outros pontos de interrogação... sempre surgirão! Afinal, o ciclo ainda não se fechou. Talvez, só se feche quando se extinguir a vida que vive em mim... talvez...

Aprendi que no final das contas, a solução está em minhas próprias mãos. No final, eu decido. Será isso o livre arbítrio? Não sei...

Devaneios de devaneios...

Por que esperar que as coisas simplesmente aconteçam? Por que não agir e fazer com que aconteçam?

Elaine Márcia

24.11.2013.

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No elevador...

Esfoliei o meu corpo

Torturei-me na depilação

Hidratei o meu cabelo

Fiz os pés e fiz as mãos

Abusei do hidratante

Cheirando a canela e mel

Pus aquele lingerie

Que é azul, da cor do céu

Caprichei na maquilagem

E cuidei do visual

Parei no elevador

Esperando meu troféu

E você veio chegando

Com um charme sem igual

Depois ficou me olhando

De um jeito animal

Ao entrar no elevador

Só nós dois, doce loucura

Você olhou para mim

Pegou-me pela cintura

E beijou a minha boca

Levando-me logo à loucura

E meu cheiro de canela

Despertou sua libido

Quando suas mãos me apertaram

Atentei-me para o perigo

Mas, aí já era tarde

Eu ouvia seus gemidos

Eu sentia em meu corpo

O toque de suas mãos

E aqui dentro do meu peito

O acelerar do coração

Foi ali no elevador

Em que tudo aconteceu

Foi ali que o seu corpo

Confundiu-se com o meu

Tudo isso é muito louco

Mas a vida é mesmo assim

E enfim valeu à pena

Sentir você ... dentro de mim!

Elaine Márcia, Porto Velho - Ro, 28.09.15

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Paineira roxa

Foi naquele fim de tarde

Sob o sol do entardecer

La no alto da colina

Que eu me encontrei com você

E aquela paineira roxa

Com todo o seu esplendor

Foi a única testemunha

Do nosso ardente amor.

 

Elaine Márcia, Porto Velho- RO, 28.09.15

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Eclipse

Lá no céu a lua cheia

Se vestiu de esplendor

E ficou toda faceira

A esperar por seu amor

O sol veio de repente

E a cobriu com seu calor

A lua ficou vermelha

Com a plateia que se formou

Alguém disse que foi um eclipse

Eu digo que se enganou!

Foi somente o sol e a lua

Que juntos fizeram amor.

Elaine Márcia, Porto Velho – RO, 27.09.15.

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Terror no Rio Madeira

Grande, pesada... cheia de cor.

Temida, odiada... com forte odor.

Sua boca... longas presas... temor!

Gigante... perto do rio... que pavor!

Sumiu de repente o pescador...

Só ficou seu chapéu... rastro nenhum deixou...

No rio... águas turvas... que horror!

Madeira*, profundo... águas traiçoeiras...

Gigante... temida... perto das ribanceiras!

Dez metros ou mais... que terror!

Pegaram a sucuri** que comeu o pescador.

Os jornais anunciam

“o monstro está morto”.

Monstro? Morto?

Quem é o monstro afinal?

A sucuri que comeu o homem

Ou o homem que acabou com o habitat da sucuri?

Já não sei de mais nada.

 

*O rio Madeira é um rio da bacia do rio Amazonas que banha os estados de Rondônia e do Amazonas. É um dos afluentes principais do rio Amazonas. Tem extensão total aproximada de 3.315 km, sendo o 17.º maior do mundo em extensão. É o principal rio que banha a cidade de Porto Velho – Rondônia.

** Serpente da América do Sul, que atinge enormes dimensões e vive nos pântanos e rios, alimentando-se de animais que aí venham matar a sede; também chamada anaconda, arigbóia, sucuriju, sucuriú, boioçu. (A sucuri é tida como a maior das serpentes conhecidas.)

Elaine Márcia, Porto Velho – RO, 27.09.15

 

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Clímax

Você vem todo maroto

E tira meu cobertor

E desnuda o meu corpo

E me deixa com calor

Olha-me todo manhoso

E me toca com fervor

Embebeda-me com seus beijos

Deixa-me louca pra fazer amor

Molha a boca com sorvete

Quero provar seu sabor

E com seus lábios gelados

Explora meu corpo com fervor

Deixando-me arrepiada

Louca pra fazer amor

Mas você não me obedece

Enlouquece-me muito mais

Quer ver minha insanidade

Quer escutar os meus ais

Eu te jogo na parede

Subo em cima de você

Mordo e arranho seu corpo

Sinto, então... e te dou prazer

Juntos nesta insanidade

Chegamos ao clímax, enfim

Aí vem a calmaria

Com você, bem junto a mim.

 

Elaine Márcia, Porto Velho – RO, 26.09.15

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CPP