Posts de Ilario Moreira (674)

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Soneto da aspiração

Possua-me Calíope me entorpeça

E no torpor renasça inspiração

Este é o meu sonho aspiração

Que o desânimo não proíba, impeça.

Que meu verso o leitor brinde, torpeça

E seduza total seu coração

Que aja entre nós sutil interação

Que me adote e jamais, nunca me espeça.

Seja o poema como um sonho, orico

Que tenha belas rimas, versos, cenas

Sendo conceitual, abstrato, emrico.

Livre de frases, falas vãs, obscenas

Que o meu versejar seja muito rico

E atraía um bevolo mecenas.

ILÁRIO MOREIRA

25/08/2017

 

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Soneto do cafajeste

Por Citera passou formosa Vênus

Muitos de nós até hoje saudamos

E o seu nome sagrado nós bradamos

Queremos manter este néscio ônus.

Que meu corpo mantenha forte tônus

Para provar que pouco nós mudamos

Que no auge, alto, apogeu firme quedamos

Será o meu maior abono, bônus.

Oh! Baco meu caráter profanais

Rendi-me ás volúpias e delícias

Cativa-me soberbos bacanais.

Seduz-me facilmente ás carícias

E não quero ficar entre os banais 

Mesmo que me conduza ás felícias.

ILÁRIO MOREIRA

23/08/2017

 

Citera= Ilha Grega onde Vênus (deusa romana) ou Afrodite (deusa Grega) teria passado. 

Vênus = deusa Romana do amor e beleza.

Baco = deus romano do vinho e da festa.

 

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Vermes insaciáveis

Vejo aproximar á noite sombria

O silêncio é vil apavorante

E sinto um arrepio delirante

A cena horripilante me inebria.

Vi o cair da mortalha que cobria

Meu corpo parco, débil expirante

Senti mexer o verme devorante

No meu seio, ninguém o ludibria.

Irão me devorar estes malditos

O esquife no sepulcro entra descampa

Conhecerão os segredos mais recônditos.

Nada de sua fome foge escampa

Pois, eles são vorazes inauditos

Restarão os ossos, cãs na minha campa.

ILÁRIO MOREIRA

22/08/2017

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Em ritmo de festa

Ciranda, cirandinha e cirandar

Eu estou contente quero festejar

Vou morena trigueira cortejar

O som da festa Sam vai comandar.

A sala ZKFELIZ vai avarandar

Fará bem feito não vai gotejar

Na ânsia sinto o peito latejar

Mas, o cainho dela vai abrandar.

O arauto é o grande Frederico

Que usará todo dom, sua retórica

Será show transcendente, belo onírico.

A festança será formosa Histórica

Haverá também certo beberico

Ilário sua musa ficou eufórica.

ILÁRIO MOREIRA

21/08/2017

Abraços, meu querido amigo Sam Moreno

 

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Soneto da desilusão II

Para mim, nada tem significância

Não creio mais no amor em afeição

Também não buscarei vã perfeição

Pois, não quero viver de mendicância.

Meu coração está vago, na vacância

Desejo ter total desafeição

Mas, creia isto não é imperfeição

Insensata, cretina, uma implicância.

Quero ser marginal, ter vida errante

Deixe-me curtir minha lisergia.

Vou ser cruel, atroz beligerante.

Mestre da encenação, dramaturgia

Serei um simples mortal itinerante

Quero devassidão, baderna orgia.

ILÁRIO MOREIRA

21/07/2017

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Mergulho Teosófico

Tento decifrar sonhos e segredo

Imergindo profundo no ocultismo

Não farei uso de tolo fanatismo 

Vou revelar mostrar o dessegredo.

 .

No reino da magia farei íngredo

Livrarei-me de todo dogmatismo

Desejo mesmo é o sincretismo

Unir quem vive em vil, cruel degredo.

Nisto dedicarei minha carreira

Começarei o saber pelo Vodu

Não me colocarão qualquer barreira.

O transe mostrará o Déjà Vu  

Descansar quero junto á lareira

Ler com muita calma o Popul Vuh.

ILÁRIO MOREIRA

16/08/2017

Vodu = Religião de origem africana similar ao Candomblé

Déjà vu = Galicismo que descreve a reação psicológica de transmissão de ideias de que já se viu aquele lugar antes.

Palavra francesa. (quer dizer =  já visto)

Popul Vuh = Livro Sagrado dos Maias

 

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Eu te desejo Musa

Eu te desejo musa inebriante Um louco frenesi, muito flamante Transforma meu sofrer, dor extremante Em prazer carnal, muito aliciante. . Desejo este ser puro, irradiante Esta alma gêmea, deusa, ninfa, amante Será o meu Nirvana,
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Almas inquietas

Parte física eu sou da metafísica

Trago comigo várias existências

Sombras sepulcrais, vãs inexistências

Transcendente figura rija, física.

Tenho aparência fraca podre, tísica

Soa como cruéis vis advertências

A minha alma central, coexistências

Fraqueza singular da biofísica.

Sou acúmulo de células somáticas

Em simbiose vivo com o espírito

Tais estruturas tão débeis, apáticas.

São réplicas fiéis do perispírito

E nesta dimensão são elas pragmáticas

Ascendem pelo seu pessoal mérito.

ILÁRIO MOREIRA

15/08/2017

 

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Sarcófagos insaciáveis

A carne podre come os vis Sarcófagos

A podridão é para ele delícias

A pútrida matéria é felícias

O seu sangue é brinde aos saprófagos.

São diligentes estes antropófagos

E não sentirás dores, suplicias

Do submundo eles são brutais milícias

São organizados esses tais necrófagos.

Divirta, zombe, ria alma maldita

A frialdade é o que te aguardas

Da morte você é perfeita súdita.

E que o espírito em fogo cruel ardas 

Sevícia perenal vã e inaudita

Pois, a justiça chega nem que tardas.

 .

ILÁRIO MOREIRA

12/08/2017

A palavra sarkophágos era originalmente parte da expressão λίθος σαρκοφάγος (translit.lithos sarkophágos: 'pedra que come carne'

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Figura dadivosa

É figura bondosa, bela, airosa

É mulher corajosa de atitude

Foi virtuosa desde a juventude

Sempre foi prestativa, generosa.

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É uma mãe gentil, muito amorosa

Pessoa de princípios e virtude

Não se rende a cruel vicissitude

Esta sempre feliz e glamourosa.

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Nunca usou de perfídia vão arrivismo

Batalhou com total sagacidade

Usou o saber também subjetivismo.

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Desprovida de toda vã vaidade

Une-nos á genética, atavismo

É meu maior orgulho tal herdade.

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ILÁRIO MOREIRA

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12/08/2017

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Homenagem a minha tia Nair Moreira Moço

 

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Desejos carnais

Vou sobre você musa versejar

Exaltarei a beleza, farei um canto

Enaltecendo a sua atração, encanto

Tudo que a sedução possa ensejar.

E farei o que pedir ou desejar

E não lhe causarei vil desencanto

Levarei você ao meu recanto

E com vigor o amor vai vicejar.

Venha vamos fazer doce pecado

Quero sua total lascividade

Não temas sou deveras delicado

Desejo sua pouca ingenuidade

Na arte de amar sou muito dedicado

Fruirei com cabal voracidade.

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ILÁRIO MOREIRA

11/08/2017

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Registros Akáshicos

Quero elevar meu grau de consciência

Entrar em transe, muito concentrar

No nebuloso, místico centrar

Assim irei ampliar minha discência.

Nisto, nunca usarei de displicência

Tampouco, poderei desconcentrar

Nem nunca vacilar ou descentrar

Tenho que provar minha eficiência.

Esse saber está armazenado

Do primórdio, surgir de nosso tempo

Por mim, ele será muito drenado.

Não será um inútil passatempo

Desejo nele estar concatenado

E romper todo dogma o espaço-tempo.

ILÁRIO MOREIRA

11/08/2017

Registros Akáshicos segundo o hinduísmo e diversas correntes místicas, são um conjunto de conhecimentos armazenados misticamente no éter, que abrange tudo o que ocorre, ocorreu e ocorrerá no Universo.

Akasha (ākāśa आकाश) é a palavra em Sânscrito para "éter" ou "atmosfera". Além disso, na Língua Hindi, Akash (आकाश) significa "céu" ou "paraíso."

 

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Mulher sedutora

A sinuosa curva tem colina

Belo sorriso, lábio sedutor

Que é de todo acinte condutor

Qual, poderosa e erótica felina.

Desperta toda minha adrenalina

Do deleite carnal é indutor

De todo frenesi é produtor

Seja ela casta pura ou messalina.

Tira meu siso fico extrovertido

Diante ilustração tão delicada

Corrói o caráter fico pervertido.

Pela natura foi sofisticada

Superdotada tem sexto sentido

Esta figura sacra, deificada.

ILÁRIO MOREIRA

09/08/2017

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Humildade Espiritual

O meu segredo está muito recôndito

Pois, tento assim manter privacidade

Nem todos estão certos da verdade

Guardo sigilo, feito nunca dito.

Não há nada cruel, vil, rude, maldito

Uma obra abominável, crueldade

Meu foco principal é caridade

O meu espírito é muito bendito.

Do que faço não deixo nem vestígio

E não procuro glória, ostentação

Nem a tola vaidade ou vão prestígio.

.. 

Da piedade faço exortação

Mantendo-me distante do fastígio

O meu Mentor fará constatação.

ILÁRIO MOREIRA

09/08/2017

 

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Soneto das Musas

Belas Musas, que Hesíodo incentivou

Ajude-me a criar ode perfeito

Uma Obra-Prima livre de defeito

Poema que meu dom efetivou.

Busca por perfeição me motivou

Quero ver meu leitor contente, afeito

Que o meu versar o deixe satisfeito

Tal desejo também me cativou.

Mas, afaste a cruel misoginia

Na vida a mulher é real beleza

Que reine no meu seio a androginia.

Que o verso mostre minha gentileza

A minha singular filoginia

E te enalteça musa, a realeza.

 

ILARIO MOREIRA

07/08/2017

 

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Soneto da saudade

Meu amor vive muitíssimo distante 

Reside em região, plaga longínqua

Mas, ela é serena, bela ubíqua

Mesmo assim, o prazer não é constante.

A ausência é cruel desconcertante

A saudade corrói é muito iníqua

Temo que nosso amor se torne antiqua

A solidão é algo inquietante.

Pois, quero um amor sólido, tangível

Não desejo um querer semoto, ausente

Pois, sou um ser coerente, inteligível.

Minha musa me diga o que tu sente

Diz que nossa união não é frangível

Este será o meu maior presente.

ILÁRIO MOREIRA

07/08/2017

 

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CPP