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Soneto da Lolita

Deixe-me corromper sua virtude

Sinceridade é coisa obsoleta

Vou te ensinar malícia bem seleta

Irei desfazer sua angelitude.

Você jovem, tem viço e juventude

Sofrerá mutação tal borboleta

O meu ardil seu pudor logo deleta

Na orgia encontrará a plenitude.

Vou te apresentar ao vil submundo

Sua decrepitude não me afeta

E não espere amor deste ser imundo.

 .

A bondade é minha desafeta

O que venero neste cruel mundo

É possuir sedento, uma ninfeta.

ILÁRIO MOREIRA

08/09/2017

Para deixar mais claro o meu objetivo este "soneto da Lolita" foi baseado em um Livro antigo, onde um homem de meia idade casa-se com uma mulher que tem uma filha (menor impúbere) e ele passa a relacionar-se com ela. Quem quiser ler o Livro eu aconselho, pois é muito bom, e assim veremos que o problema é muito mais antigo que pensamos. Abraços, paz e Luz!!!

Lolita é um romance de 1955 escrito pelo romancista russo-americano Vladimir Nabokov. O romance é notável por seu assunto controverso: o protagonista e narrador não confiável—um professor universitário de Literatura de meia-idade chamado Humbert Humbert—está obcecado por Dolores Haze, de 12 anos, com quem ele se torna sexualmente envolvido após ele se tornar padrasto dela. "Lolita" é seu apelido privado para Dolores. O romance foi originalmente escrito em inglês e publicado primeiro em Paris em 15 de setembro de 1955 pela Olympia Press. Mais tarde foi traduzido para russo pelo próprio Nabokov e publicado em Nova Iorque em 1967 pela Phaedra Publishers.


 

 

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Meu "EU" poético II

Escrevo com sutil métrica e rima

Não procuro compor por arrogância

Quero dar aos versos elegância

Que a obra seja divina, bem lindérrima.

E que meu leitor nunca me reprima

Faltar rima não induz deselegância

Que meu versejar tenha extravagância

Não seja obra carente, vã paupérrima.

Que minha inspiração seja abundante

E meu versar belíssimo, quimérico

Mas, nunca seja longo redundante.

O meu penejar é muito esotérico

Tenho por meu mentor o grande Dante

Por isto, amo poema vasto, homérico.

ILÁRIO MOREIRA

07/09/2017

Dante Alighieri, poeta, escritor e político Italiano, autor de a: Divina comédia. 

 


 

 

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Musa caucasiana II

Minha musa esta muito enciumada

Pois, a minha beldade é morena

Aparece feliz sempre serena

Com isto, ela não é acostumada.

No entanto, é muitíssimo estimada

É no meu mundo a deusa Ana Perena

Minha Deidade afável e terrena

É a minha mulher, a minha amada.

Venha deixe de ser meticulosa

Dê-me seu doce amor, lascividade

Você é mulher linda, fabulosa.

Razão de singular felicidade

Jamais precisa ser escrupulosa

Você tem toda minha lealdade.

ILÁRIO MOREIRA

07/09/2017

Soneto em homenagem á minha musa caucasiana.

Ana Perena (em latim Anna Perenna), na mitologia romana, era uma deusa da Roma Antiga que presidia ao curso do ano e do seu retorno perpétuo.

Deusa da abundância e do alimento. 

 

 

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Soneto do pescador

Tenho vida sofrida, solitária

E posso até morrer na vil procela

Barco a tormenta fácil esfacela

A natureza é autoritária.

Pobre, visto bem pouca indumentária

O vasto mar não tem grade, cancela

O meu trabalho é a minha cela

Pois, sou da classe baixa, proletária.

O que tenho é pouco quase nada

Porém, luto com fé muito me empenho

Mas, não sou criatura alienada.

Sei que pouco recurso nisto obtenho

Mas, tenho honesta índole obstinada

Tudo que conquistei foi com meu lenho.

 ILÁRIO MOREIRA

 .

05/09/2017

 

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Criatura sombria

Passeio pela noite fria e escura

O medo invade minha pobre mente

E começo a correr insanamente

Esta é minha grande e vã loucura.

Esta doença  não tem mais cura

Sou marginal, proscrito legalmente

Que sofreu nesta vida cruelmente

Nas mãos de uma figura vil obscura.

É um sombrio e tétrico demônio

Que me observa do cume, do pináculo

Que me atrai me seduz com feromônio.

Em vão tento livrar de seu tentáculo

Possui-me, me tem por patrimônio

Minha salvação é sondar o oráculo.

ILÁRIO MOREIRA

04/09/2017

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Mito de Pandora

Há um tempo distante bem remoto 

Deuses com os humanos moraram

E com bela mulher namoraram

Isto foi em tempo antigo, bem semoto.

Este ato criou até aeromoto

Deuses uma mulher primoraram

Falada ela ficou memoraram

Pra religião foi tal terremoto.

Era belo, intrigante este ser mítico

Irei investigar muito quem lhe adora

É contra a lei do povo jesuítico.

Apresenta razão separadora

A religião, dogma bem semítico 

A jovem e magnífica Pandora.

ILÁRIO MOREIRA

03/09/2017

Pandora = A primeira mulher criada por Zeus, para vingar-se dos homens que haviam adquirido o fogo através de PROMETEU.

Ele deu a ela um vaso contendo todos os males do mundo e disse: Não abra! Como ela abriu espalhou no mundo os males.

 

PROMETEU = Titã que roubou o fogo de Héstia e deu ao homem.

Héstia = Deusa Grega do lar, família, Estado, arquitetura, etc.

 

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Amor ideal

Desejo um amor belo, puro e explícito

Que me adore, não julgue meus defeitos

Que mantenha os desejos satisfeitos

Não me importa que seja algo não lícito.

Cansei de amor fugaz, opaco implícito

Quero feliz sentir os seus efeitos

Sentir os meus prazeres bem refeitos

Neste labor serei muito solícito.

Que minha musa seja bella Donna

Atraía, alicie e me seduza

Prender-me-á total esta madona.

Desde que frenesi muito produza

Que seja minha amante, esposa dona  

E que deleitação, prazer induza.

ILÁRIO MOREIRA

02/09/2017

Bella Donna = Bela mulher em Italiano

 

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Soneto da Sedução

Quando o meu bem querer é soberano

O meu penejar é harmonioso

O meu paquerar é minucioso

E meu versejar é tal Capistrano.

De compor e versar sou veterano

Aproveito o momento auspicioso

Gero soneto nunca capcioso

Não sou um poeta vil, cruel tirano.

Crio verso com bela e rica rima

Para morena linda, esplendorosa

O meu afeto e amor é matéria-prima.

A composição fica primorosa

Uma real, legítima Obra-Prima

Seduzindo a mulher, ninfa ardorosa.

ILÁRIO MOREIRA

01/09/2017

 João Capistrano Honório de Abreu. 

Alcunha: Capistrano de Abreu

É patrono da cadeira 15 da Academia Cearense de Letras e da cadeira 23 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

 

Todo artista tem um gérmen original que é a base e o 'substratum' de seu talento.

― Capistrano de Abreu

 

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Fim da solidão

Sou um homem solitário, sem amores

A vil solidão é fiel parceira

Desloca-se comigo bem faceira

Tripudia de meus tolos temores.

Isso me causa dor, até tremores

Quiçá uma figura audaz, terceira

Uma bela mulher e feiticeira

 Me livre destes vis e vãos clamores.

Não quero ser afoito, nem ousado

O amor será pra mim inusitado

De penar e sofrer estou cansado.

Quero ser seduzido, cooptado

Prometo musa não serei abusado

Será meu querer, meu mundo encantado.

ILÁRIO MOREIRA

30/08/2017

 

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A viagem

Oh! Vigor da distante mocidade

Onde tu estarás neste vil momento

Que não escuta meu triste, vão lamento

Pois, não retorna e trás vitalidade.

Hoje o meu viver é atroz saudade

Minha noite é cheia de tormento

Sonho e no sonho dor, penar fomento

Pois, desejo fugir desta verdade.

Ouço no vento o rir destes malditos

Os vermes são cruéis e bestiais

Gozem, registrarei tudo em meus ditos.

Comam meu corpo até tu enfastiais

 O Nume voltará para os benditos

Os espíritos são celestiais. 

ILÁRIO MOREIRA

29/08/2017

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Prisão espiritual II

Não busco fama, ser enaltecido

Viajante, do éter sou proscrito

E neste mundo teço parco escrito

A exclusão não me deixa embrutecido.

 .

Pois, não desejo ser reconhecido

O anonimato é por mim prescrito

Meu espírito está muito circunscrito

E lamenta na terra ter nascido.

O calabouço é a minha herdade

Neste corpo mortal, débil, finito

Da prisão vejo, observo a imensidade.

Do espaço imensurável, infinito

É a minha morada a eternidade

O universo muitíssimo bonito.

ILÁRIO MOREIRA

28/08/2017

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Meu estilo

Compondo fico muito introspectivo

Faço aflorar meus belos sentimentos

Que expulsam minhas dores os lamentos

Com o Nirvana fico conectivo.

E isto é algo muito refectivo

Surge inspiração muitos argumentos

Com maestria versos implementos 

Seja ele salaz, gótico, afetivo. 

Como poeta fujo do obsoleto

E construo um cenário futurista

Tiro da ortografia dialeto.

 .

A minha visão é pouco empirista 

Gosto do versejar belo, seleto

Mas, da Literatura sou turista.

 

ILÁRIO MOREIRA

 .

26/08/2017

 

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Soneto da aspiração

Possua-me Calíope me entorpeça

E no torpor renasça inspiração

Este é o meu sonho aspiração

Que o desânimo não proíba, impeça.

Que meu verso o leitor brinde, torpeça

E seduza total seu coração

Que aja entre nós sutil interação

Que me adote e jamais, nunca me espeça.

Seja o poema como um sonho, orico

Que tenha belas rimas, versos, cenas

Sendo conceitual, abstrato, emrico.

Livre de frases, falas vãs, obscenas

Que o meu versejar seja muito rico

E atraía um bevolo mecenas.

ILÁRIO MOREIRA

25/08/2017

 

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Soneto do cafajeste

Por Citera passou formosa Vênus

Muitos de nós até hoje saudamos

E o seu nome sagrado nós bradamos

Queremos manter este néscio ônus.

Que meu corpo mantenha forte tônus

Para provar que pouco nós mudamos

Que no auge, alto, apogeu firme quedamos

Será o meu maior abono, bônus.

Oh! Baco meu caráter profanais

Rendi-me ás volúpias e delícias

Cativa-me soberbos bacanais.

Seduz-me facilmente ás carícias

E não quero ficar entre os banais 

Mesmo que me conduza ás felícias.

ILÁRIO MOREIRA

23/08/2017

 

Citera= Ilha Grega onde Vênus (deusa romana) ou Afrodite (deusa Grega) teria passado. 

Vênus = deusa Romana do amor e beleza.

Baco = deus romano do vinho e da festa.

 

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Vermes insaciáveis

Vejo aproximar á noite sombria

O silêncio é vil apavorante

E sinto um arrepio delirante

A cena horripilante me inebria.

Vi o cair da mortalha que cobria

Meu corpo parco, débil expirante

Senti mexer o verme devorante

No meu seio, ninguém o ludibria.

Irão me devorar estes malditos

O esquife no sepulcro entra descampa

Conhecerão os segredos mais recônditos.

Nada de sua fome foge escampa

Pois, eles são vorazes inauditos

Restarão os ossos, cãs na minha campa.

ILÁRIO MOREIRA

22/08/2017

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Em ritmo de festa

Ciranda, cirandinha e cirandar

Eu estou contente quero festejar

Vou morena trigueira cortejar

O som da festa Sam vai comandar.

A sala ZKFELIZ vai avarandar

Fará bem feito não vai gotejar

Na ânsia sinto o peito latejar

Mas, o cainho dela vai abrandar.

O arauto é o grande Frederico

Que usará todo dom, sua retórica

Será show transcendente, belo onírico.

A festança será formosa Histórica

Haverá também certo beberico

Ilário sua musa ficou eufórica.

ILÁRIO MOREIRA

21/08/2017

Abraços, meu querido amigo Sam Moreno

 

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Soneto da desilusão II

Para mim, nada tem significância

Não creio mais no amor em afeição

Também não buscarei vã perfeição

Pois, não quero viver de mendicância.

Meu coração está vago, na vacância

Desejo ter total desafeição

Mas, creia isto não é imperfeição

Insensata, cretina, uma implicância.

Quero ser marginal, ter vida errante

Deixe-me curtir minha lisergia.

Vou ser cruel, atroz beligerante.

Mestre da encenação, dramaturgia

Serei um simples mortal itinerante

Quero devassidão, baderna orgia.

ILÁRIO MOREIRA

21/07/2017

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CPP