Tento decifrar sonhos e segredo
Imergindo profundo no ocultismo
Não farei uso de tolo fanatismo
Vou revelar mostrar o dessegredo.
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No reino da magia farei íngredo
Livrarei-me de todo dogmatismo
Desejo mesmo é o sincretismo
Unir quem vive em vil, cruel degredo.
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Nisto dedicarei minha carreira
Começarei o saber pelo Vodu
Não me colocarão qualquer barreira.
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O transe mostrará o Déjà Vu
Descansar quero junto á lareira
Ler com muita calma o Popul Vuh.
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ILÁRIO MOREIRA
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16/08/2017
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Vodu = Religião de origem africana similar ao Candomblé
Déjà vu = Galicismo que descreve a reação psicológica de transmissão de ideias de que já se viu aquele lugar antes.
Palavra francesa. (quer dizer = já visto)
Popul Vuh = Livro Sagrado dos Maias
Parte física eu sou da metafísica
Trago comigo várias existências
Sombras sepulcrais, vãs inexistências
Transcendente figura rija, física.
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Tenho aparência fraca podre, tísica
Soa como cruéis vis advertências
A minha alma central, coexistências
Fraqueza singular da biofísica.
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Sou acúmulo de células somáticas
Em simbiose vivo com o espírito
Tais estruturas tão débeis, apáticas.
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São réplicas fiéis do perispírito
E nesta dimensão são elas pragmáticas
Ascendem pelo seu pessoal mérito.
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ILÁRIO MOREIRA
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15/08/2017
A carne podre come os vis Sarcófagos
A podridão é para ele delícias
A pútrida matéria é felícias
O seu sangue é brinde aos saprófagos.
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São diligentes estes antropófagos
E não sentirás dores, suplicias
Do submundo eles são brutais milícias
São organizados esses tais necrófagos.
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Divirta, zombe, ria alma maldita
A frialdade é o que te aguardas
Da morte você é perfeita súdita.
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E que o espírito em fogo cruel ardas
Sevícia perenal vã e inaudita
Pois, a justiça chega nem que tardas.
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ILÁRIO MOREIRA
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12/08/2017
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A palavra sarkophágos era originalmente parte da expressão λίθος σαρκοφάγος (translit.lithos sarkophágos: 'pedra que come carne'
É figura bondosa, bela, airosa
É mulher corajosa de atitude
Foi virtuosa desde a juventude
Sempre foi prestativa, generosa.
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É uma mãe gentil, muito amorosa
Pessoa de princípios e virtude
Não se rende a cruel vicissitude
Esta sempre feliz e glamourosa.
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Nunca usou de perfídia vão arrivismo
Batalhou com total sagacidade
Usou o saber também subjetivismo.
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Desprovida de toda vã vaidade
Une-nos á genética, atavismo
É meu maior orgulho tal herdade.
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ILÁRIO MOREIRA
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12/08/2017
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Homenagem a minha tia Nair Moreira Moço
Vou sobre você musa versejar
Exaltarei a beleza, farei um canto
Enaltecendo a sua atração, encanto
Tudo que a sedução possa ensejar.
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E farei o que pedir ou desejar
E não lhe causarei vil desencanto
Levarei você ao meu recanto
E com vigor o amor vai vicejar.
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Venha vamos fazer doce pecado
Quero sua total lascividade
Não temas sou deveras delicado
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Desejo sua pouca ingenuidade
Na arte de amar sou muito dedicado
Fruirei com cabal voracidade.
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ILÁRIO MOREIRA
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11/08/2017
Quero elevar meu grau de consciência
Entrar em transe, muito concentrar
No nebuloso, místico centrar
Assim irei ampliar minha discência.
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Nisto, nunca usarei de displicência
Tampouco, poderei desconcentrar
Nem nunca vacilar ou descentrar
Tenho que provar minha eficiência.
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Esse saber está armazenado
Do primórdio, surgir de nosso tempo
Por mim, ele será muito drenado.
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Não será um inútil passatempo
Desejo nele estar concatenado
E romper todo dogma o espaço-tempo.
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ILÁRIO MOREIRA
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11/08/2017
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Registros Akáshicos segundo o hinduísmo e diversas correntes místicas, são um conjunto de conhecimentos armazenados misticamente no éter, que abrange tudo o que ocorre, ocorreu e ocorrerá no Universo.
Akasha (ākāśa आकाश) é a palavra em Sânscrito para "éter" ou "atmosfera". Além disso, na Língua Hindi, Akash (आकाश) significa "céu" ou "paraíso."
A sinuosa curva tem colina
Belo sorriso, lábio sedutor
Que é de todo acinte condutor
Qual, poderosa e erótica felina.
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Desperta toda minha adrenalina
Do deleite carnal é indutor
De todo frenesi é produtor
Seja ela casta pura ou messalina.
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Tira meu siso fico extrovertido
Diante ilustração tão delicada
Corrói o caráter fico pervertido.
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Pela natura foi sofisticada
Superdotada tem sexto sentido
Esta figura sacra, deificada.
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ILÁRIO MOREIRA
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09/08/2017
O meu segredo está muito recôndito
Pois, tento assim manter privacidade
Nem todos estão certos da verdade
Guardo sigilo, feito nunca dito.
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Não há nada cruel, vil, rude, maldito
Uma obra abominável, crueldade
Meu foco principal é caridade
O meu espírito é muito bendito.
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Do que faço não deixo nem vestígio
E não procuro glória, ostentação
Nem a tola vaidade ou vão prestígio.
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Da piedade faço exortação
Mantendo-me distante do fastígio
O meu Mentor fará constatação.
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ILÁRIO MOREIRA
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09/08/2017
Belas Musas, que Hesíodo incentivou
Ajude-me a criar ode perfeito
Uma Obra-Prima livre de defeito
Poema que meu dom efetivou.
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Busca por perfeição me motivou
Quero ver meu leitor contente, afeito
Que o meu versar o deixe satisfeito
Tal desejo também me cativou.
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Mas, afaste a cruel misoginia
Na vida a mulher é real beleza
Que reine no meu seio a androginia.
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Que o verso mostre minha gentileza
A minha singular filoginia
E te enalteça musa, a realeza.
ILARIO MOREIRA
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07/08/2017
Meu amor vive muitíssimo distante
Reside em região, plaga longínqua
Mas, ela é serena, bela ubíqua
Mesmo assim, o prazer não é constante.
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A ausência é cruel desconcertante
A saudade corrói é muito iníqua
Temo que nosso amor se torne antiqua
A solidão é algo inquietante.
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Pois, quero um amor sólido, tangível
Não desejo um querer semoto, ausente
Pois, sou um ser coerente, inteligível.
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Minha musa me diga o que tu sente
Diz que nossa união não é frangível
Este será o meu maior presente.
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ILÁRIO MOREIRA
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07/08/2017
Oh! Musa te amar é o meu destino
Venha por espontânea liberdade
Afugente de meu peito a saudade
Afaste de mim este desatino.
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Venha sem medo não sou libertino
E respeitarei sua intimidade
Encontrará em mim fidelidade
Sinto por ti amor puro, celestino.
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E deixe que a libido nos induza
O total frenesi, loucos prazeres
E que gozo, fruição muito produza.
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E no afã pouco importa o que fizeres
Se ao clímax, orgasmo nos conduza
Fartar-se serão os nossos afazeres.
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ILÁRIO MOREIRA
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05/08/2017
Estou preso em cruel, vil calabouço
E desta prisão observo a eternidade
Mas, a vida se esvai com brevidade
Em breve serei apenas, arcabouço.
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Entre duas dimensões eu balouço
E procuro encontrar serenidade
Que leve a evolução, maturidade
Por isso, meus Mentores, côrtes ouço.
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Crer nisto julgo certo até plausível
Pois, o espírito não tem finitude
A morte é até algo risível.
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Vetustez trás sutil decrepitude
Tornando o envelhecer muito visível
Mas, vou sempre manter minha virtude.
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ILÁRIO MOREIRA
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05/08/2017
Desejo saber todos os mistérios
Que habitam e singram pelo universo
E quero colocá-lo no meu verso
Sejam eles saudáveis deletérios.
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Terão no Cosmos grandes biotérios?
Dirigido por ser cruel perverso
Pois, o assunto é muito controverso
Quem executará tais ministérios?
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Neste quebra-cabeça vou dar íngredo
E tentar conhecer toda verdade
Descobrir á charada e seu segredo.
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Nisto usarei total sagacidade
Mesmo que o final seja meu degredo
Desvendarei a real veracidade.
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ILÁRIO MOREIRA
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04/08/2017
Breve imersão em minha insanidade. rsrsrs
Quero enlaçar o seu corpo suado
Sentir a aspiração sua ofegante
E no bem querer ser extravagante
De tanto amar tombar extenuado.
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Seduz-me com seu torso sinuado
A tez trigueira, seu porte elegante
Perdoe-me este meu jeito arrogante
Mas, com o afã será atenuado.
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É bela, divinal tal Janaína
É Livre, forte como uma nativa
A pele é macia igual á paina.
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Seus encantos, beleza me cativa
Arestas aparam, planam, aplaina
É astuta mantêm-se sempre altiva.
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ILÁRIO MOREIRA
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04/07/2017
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(Janaína é um dos nomes de Iemanjá a Rainha dos mares, rios, etc.)
Irei suprimir toda a vã vaidade
Desejo evoluir muito meu espírito
Vou tentar ser metódico no rito
Agradar a real sublimidade.
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Por isso, devo ter grande humildade
Para merecer tal apreço, mérito
Observarei façanha do pretérito
Agirei com total sobriedade.
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Sei que tem algo além, muito mistério
E não são eles sofismas, mas transcende
Nosso plano terreno deletério.
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E energia sutil nele descende
Estudei o fundamento, seu critério
E com o fim do corpo a alma se ascende.
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ILÁRIO MOREIRA
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03/08/2017
A vida nem sempre é como sonhamos, mas nem sempre sonhamos o que queremos viver.
Sua pele fragrante delicada
Seu corpo sinuoso fascinante
Sua visão de fêmea dominante
É ardil, armação muito intrincada.
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És como uma figura deificada
É o nosso desejo consonante
Que provoca prazer alucinante
É meu apogeu não minha derrocada.
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No passado fui muito acabrunhado
Hoje de recrear minha alma oscila
O meu corpo e o seu está emaranhado.
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De tanto amor meu ser até vacila
Por um apraz delírio fui apanhado
Sou seu servo você a minha ancila.
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ILARIO MOREIRA
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02/08/2017
Lembro-me e sinto grande e vil saudade
De época remota, tempo antigo
Era o menor fiquei sempre contigo
Era tal sua sombra na verdade.
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Tu transmitias paz, serenidade
Quando certo aplicava algum castigo
Não era injusto, cruel, era mitigo
Educava com toda humanidade.
Hoje restou somente ás lembranças
Um retrato puído, gasto, roto
No vento ainda ouço ás suas cobranças.
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Seu sonoro e fugaz riso maroto
Isto alimenta minhas esperanças
Que se lembra de seu guri, garoto.
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ILÁRIO MOREIRA
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02/08/2017
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(In memorian ao meu pai, meu querido e eterno amigo)