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INDICAÇÃO DIAGRAMADOR

Prezados(as), boa tarde!

Após um longo período sem poder publicar devido a dificuldade de diagramar os formatos exigidos pelas plataformas de vendas digitais, felizmente agora estou finalizando meu livro, com a ajuda do diagramador que indico abaixo.

É um jovem habilidoso, criativo, atencioso, honesto.

Ele cobra um valor viável para quem, como eu, não tem condições de arcar com altos custos.

Demora uns 40 dias até a arte final, mas fica excelente.

Segue abaixo:

PATRICK SUWAFER
patricksuwaferexample@gmail.com
whats: 84 99659-2083

(contato de e-mail e whats autorizado pelo Patrick)

Em breve voltarei a postar meus versos aqui.

Muito obrigado!

Saiba mais…

SIMPLES

 

SIMPLES

O amor de ontem será hoje,
O amor de sempre será agora,
Sempre será amor.

Nenhuma história se apaga.
A força das palavras,
A realidade dos sonhos,
A verdade dos sentimentos.

Os ventos que sopram...

As pedras erguidas,
Os momentos vividos,
O menos que sempre é mais,
O jamais prometido,
O impossível realizado.

O amor não acaba,
Suspiro...

Não se conhece o amor
Até o momento do olhar,
Sobre o mar, sob o Sol,
A promessa da Lua,
Infinito...

Amar é o estalar das estrelas,
Sem porquês, sem dúvidas,
A própria vida.

A coragem da distância,
A real entrega da alma,
A calma na agonia,
O dia mais belo,
O puro e sincero
Sentir...

No canteiro de flores,
O perfume das horas,
A brisa suave da música,
A leveza da chuva.

o amor é o sabor por inteiro,
O saber o por inteiro,
Conhecer-se por inteiro,
Entregar-se por inteiro.

Verdadeiro,
Como a força da liberdade,
Do sentir, sorrir,
Chorar colorido.

Não se destina tempo,
É o próprio tempo,
Não um passatempo.

Sobre a lâmina das nuvens,
Flutua...

O amor é brincadeira séria,
Abstrato e matéria,
Artéria pulsante,
Amante...

Compasso perfeito de uma sinfonia
Para bailar noite e dia,
Sorrir em demasia,
Alegria...

Caricato da tristeza,
Beleza de uma aquarela ancestral,
Desconhece o bem e o mal,
Puro e imaterial...

Amar é ser perfeito
Em todos os defeitos.

Caminhar para frente
Sem esquecer o passado,
Estar ao lado cegamente
E ter a mente clara e louca,
A boca como um vulcão.

Segurar nas mãos
O coração,
Sentir gritar
Dentro do peito.

O amor é o leito da vida,
Onde se deita
A eternidade...

Mário Sérgio de Souza Andrade – 30/03/2019

Saiba mais…

HOJE

 

O que me leva o riso e me traz a tristeza?
Serão os sonhos não realizados?
Será esta vida, tão difícil de ser vivida?
Serão as horas que se acumulam sobre meu corpo
E o cansaço que toma meu coração?
Quem sabe as coisas possam mudar daqui por diante,
(prometI o mesmo anos atrás...)
Meus olhos enxugam a mesma lágrima,
Aquela música segue em meus ouvidos
E minha alma tem cheiro de mar.
Para que sonhar?
Na inexpugnável rotina dos dias tudo se repete,
São as mesmas coisas, as mesmas pessoas,
Até os mesmos insetos a me sugar o sangue.
Acreditei no riso fácil, no sucesso,
Na crença que faz bem andar na chuva,
Pisar na beira do mar,
Pensar nas boas coisas que ainda não tive,
Abraçar os companheiros imaginários,
Dançar livremente nos jardins,
Deixar crescer o cabelo e a barba,
Como se nada me fosse proibido.
Disseram-me que não havia perigo,
Que tudo nesta vida, passa,
Até mesmo a tristeza.
A saudade dos bons que se foram,
Os que davam bons conselhos
E não eram ouvidos,
Os que ensinavam o verdadeiro caminho
Que não seguimos,
Os que derramaram a primeira lágrima por nós,
Os que ouviram nossa voz
E nos deram razão...
Hoje apenas o coração se lembra,
As coisas mudaram... tudo mudou...
Nos encontramos uns com os outros
Sem mesmo nos encontrarmos,
Estamos perdidos girando sobre os eixos
De um universo desgovernado.
Somos sim, viventes,
Mas não satisfeitos com tudo.
Recebemos mais do que merecemos,
Mas julgamos ser menos do que podemos,
Buscamos o vil metal, a família perfeita,
Queremos retirar aquela pedra do passado
Que nunca conseguimos carregar,
O peso é demais para nossos ombros.
Não somos infelizes, assim pensamos,
Não somos felizes, assim pensamos.
Somos sim a metade de tudo,
A fração do que o futuro nos reservar.
Sonhar além daquela janela de vidro,
Saber o verdadeiro som daquela nota,
Sentir verdadeiramente o calor do sol,
Saber que “aquelas” coisas
São somente objetos,
Que o tamanho de nossos lares
É o mesmo dos nossos abraços,
Que temos tempo ainda
Para fazer mais do que precisamos,
Amar mais do que amamos,
Viver,
Mais do que vivemos.

Mário Sérgio de Souza Andrade - 17/03/2019

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letras

 

Deixe-me com as letras,
Sem conversa, apenas as letras...
Meus ouvidos descansam
E meus olhos agradecem.

Permita-me o encantamento,
A falta de lucidez,
A calma noturna do poeta,
A perda de tempo,
O tempo que não preciso.

O caminhar sem passos,
O regressar
Sem nunca ter ido,
O permanecer
À troco de nada...

Não tenho nenhum compromisso,
Hoje não beberei, não me barbeei,
Sequer mirei-me ao espelho,
Deixei refletir apenas o meu coração.

Deixe-me com as letras
E o sossego
De não precisar ser ninguém.

Mário Sérgio de Souza Andrade – 05/02/2019

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SE

 

 SE

 O silêncio de minha alma,

O que penso? O que faço?

Além do cansaço e da calma,

Uma aura branda que ronda a vida...

O que meus braços não alcançam?

O que me diz esse silêncio?

Se fosse levado a ser poeta faria versos,

Seria contrário a tudo o que está aí,

Sentaria em todas as cadeiras,

Ficaria louco com todos os vinhos,

Em nada tocaria, apenas sonharia,

Iria sobrevoar as coisas do mundo

E lhes pregaria peças, seria traquina,

Deixaria a máquina dos homens parada

E os faria olhar para o viver,

Tão simples assim seria o meu primeiro poema,

Clamando pelas coisas mais inúteis,

Para o que não precisamos, tolices, mentiras,

Eu mentiria para enganar os pobres,

Mentiria para afastar os ricos,

Mentiria para os que amam,

Diria a eles que eu amo mais do que todos.

Se fosse obrigado a ser poeta

Eu tentaria fazer o mundo funcionar,

Deixaria a tristeza em stand by,

Reverteria os polos

E quebraria as bússolas e seus pontos cardeais,

Diria mais em uma palavra

Do que todos em grandes discursos,

Mudaria o curso das estrelas,

Tornaria as coisas mais simples,

E belas...

Aquelas maquiagens que disfarçam os olhares,

As manchas que insistem em viver nas paredes,

Eu mudaria o sentido das horas, horas são para os tolos

E todos os que pensam no amanhã.

Se eu fosse tentado a ser poeta,

Me colocaria na cozinha a fazer pratos supimpas,

Ergueria taças de refrigerantes

Antes de fazer amor à toa

Com uma mulher que não conheço.

Se eu fosse empurrado a ser poeta,

Nada teria começo ou repetição,

Cada ação duraria uma única vez,

Cada palavra teria a devida importância,

Os jovens a entenderiam

E os velhos a respeitariam.

Sonhos seriam apenas o meio do sono,

O destino, uma palavrinha pequena

Para traduzir algo que não conheço.

Todos os chãos seriam pintados de amarelo,

Quando me perguntassem porque, eu diria:

Ora, porque eu gosto do amarelo!!

Se eu fosse tachado de poeta

Usaria de meu melhor palavrão,

Aquele que guardo para minhas bebedeiras,

O que soletro pausadamente ao inseto

Que zumbe no meu ouvido.

O que cuspo na frigideira fervente

Para ver as bolhas saltitantes,

E me esconderia do vento,

Faz-me ter torcicolos.

Se eu fosse, mesmo sabendo não sê-lo,

Ousaria calar-me

Quando mais precisassem de mim.

 

Mário Sérgio de Souza Andrade – 26-11-2018

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JUST

 

 Não importa quem amei, quantas vezes, o por que,

Isso é besteira.

O toque artificial ou o tato, o beijo dado

Ou o poema concebido,

Horas da noite, horas do dia,

Lágrimas ou alegrias,

Tudo isso é besteira.

Umas mentirinhas casuais,

Uma invariável sensação de medo,

A distância entre os joelhos

Ou o candelabro que nunca tive.

Nomes e suas insígnias,

Os detalhes do tempo,

Os tantos e tantos e tantos

Erros que cometi.

Descobri que sou a falha da chama

Que reacende a fogueira sem perceber.

 

Mario Sérgio de Souza Andrade   - 18/11/2018

 

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MERDA

MERDA

 

Reflito sobre nada

Em um túmulo de pedra.

Meu rosto, este velho,

Gato escaldado, cansado de chão,

Coração à meio-pau,

Migalhas espalhadas

Mostram o caminho

De um menino perdido

Que um dia fui.

Hoje, um retrato colorido,

Tecnologia moderna,

Ângulo perfeito para um corpo desfeito.

Nunca pedi mais do que pude ter,

Não sonhei além de estar vivo,

Todos tinham muita pressa,

Queriam crescer,

Pobres coitados...

O universo é uma merda,

Poesia é uma merda,

Palavras que alguns leem

E somente um entende.

Lances em que emergir

É sobreviver,

Respirar é quase ser

Aquele que está ao lado

De quem parou de respirar.

Quem quer ser perfeito

Se os defeitos trazem mais risos?

Paredes, sempre vão haver paredes,

Você estará separado,

Ambientes estranhos, gente estranha,

Erguem as taças para comemorar

Nem eles mesmos sabem o que.

Fingem ouvir o que os mortos desejam,

Falam sobre suas memórias,

Histórias que não servem de nada para você.

Eles escutam músicas que você não entende,

Idiomas que você não entende,

Sonhos que você não entende,

Coisas que fazem você se sentir mais só.

Assim as portas vão se fechando

E milhares de túneis apagam as luzes,

A escuridão e o silêncio.

Era só isso que você precisava

Para partir em paz.

 

Mário Sérgio de Souza Andrade – 18/11/2018

 

 

 

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