Posts de Sandra Helena Barbosa Godoy (34)

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MÃE

Mãe

Era ela a escolhida,

Eu não entendia,

Aquela superproteção.

Deu o que podia,

Cuidou, criou,

Fez das tripas coração.

Inventou, quando não sabia,

Recebeu inspiração.

Deus! Sou muito agradecida,

Era ela que eu queria,

Pessoa certa.

Obrigada mãe,

Por nunca desistir de mim.

Sandra Godoy

Limeira-sP

 

 

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Guerra

Guerra – indriso – (Sandra Godoy)

 

Todos querem a paz. Grita pela Paz.

 

Mas a guerra está aí. O sangue corre solto.

 

 

Sangue de inocentes,

Sangue de quem só queria a Paz.

Nada fazemos. Fingimos não acontecer.

 

 

A Síria obra das mãos de Deus. Israel a herança,

Era o sonho de Deus, não aconteceu. O sangue...

Nada é feito. Olhos no umbigo, ou nos celulares.

 

Sandra Godoy

Limeira-SP

 

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MEUS DRISOS

Televisão - Driso – (Sandra Godoy)

 Visão diferente

Da vida real.

 

Tela visão,

É tudo ilusão.

 

Mundo irreal.

 

Amor casual – Driso – (Sandra Godoy)

Olhei em teus olhos,

Um simples olhar.

 

As profundezas da alma,

Consegui visualizar.

 

Por um segundo, amei.

 

 

Meus sessenta – Driso – (Sandra Godoy)

 Sessenta! Vividos, sofridos,

Feridas abertas.

 

Mas consegui chegar bem.

Muito aprendi, cresci, renasci.

 

Sessenta, não foi problema para mim.

 

 

 

O galo cantou – Driso – (Sandra Godoy

O galo cantou, mas

Não eram cinco da madrugada.

 

Eram duas, eram três, eram quatro,

Na cama eu rodopiava.

 

Insônia cruel.

 

Livro – Driso (Sandra Godoy)

 

Vidas contidas,

Em folhas de papel.

 

Um mundo a ser desvendado,

Em cada letra, em cada sílaba...

 

Encontro de emoções.

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TAPETE VERMELHO

 

Tapete vermelho

 

No tapete vermelho,

Vestidas de preto,

Mulheres protestam.

 

Nos olhos a mágoa,

Guardada no tempo.

Mulheres de preto.

 

No glamour de seu tempo,

Foram tocadas,

No tapete vermelho.

 

Assédio sexual.

 

Diga, NÃO!

Sandra Godoy - Limeira-SP

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PURA EMOÇÃO

Pura emoção

 

Olha distante,

Olhar profundo.

Procura amor,

Não o encontra,

Nesse mundo.

 

Talvez exista,

Em seu coração.

Puro, verdadeiro,

Por inteiro,

Cheio de luz e emoção.

 

A procura não é em vão,

Ele existe, não e ilusão.

Poucos, mas em algum lugar,

Eles estão.

Nos que tem,

Pura emoção.

 

 

Sandra Godoy

 

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PASSADO

Passado

 

Pulou do meu ser,

Espedaçou no ar.

Esvoaçando ao céu,

Como borboletas coloridas.

Tentei agarrá-los, mas...

Sumiram no infinito.

São pedaços meus!

Eu os guardei,

Dentro de minha alma!

Era parte de mim.

Segurei muito com as

Forças de meu coração!

O tempo passou,

Nem me toquei.

A vida deu voltas,

Perdida fiquei, a dançar

Abraçada ao passado.

Ele se foi.

Vou viver o meu hoje.

Medo!

Liberdade!

 

Sandra Godoy

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MULHER

 

 

Mulher

 

 

Ser indecifrável, criação de Deus,

Frágil como flor, forte como ferro.

Enigma eterno.

 

 

Com grande sabedoria,

Às vezes atrapalhada.

Segue sua estrada.

 

Cumpre seu destino:

 

Dom da vida.

 

 

Sandra Godoy

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EDELWEISS

Edelweiss

 

Em um terreno seco, gelado e árido,

Cavamos a terra com as próprias mãos.

Plantamos flores, amores, dores,

Com lágrimas derramadas do coração.

 

Hoje a terra está florida,

A terra árida está fértil, com nossa lida.

As flores cresceram e já podem ser colhidas,

Para alegrarem nosso lar e nossas vidas

 

Caminhamos pelos campos todas as manhãs,

Olhando o mundo com mais alegria.

Passamos pelas flores coloridas,

É como se elas ficassem felizes ao nos ver passar.

 

Espero que essas pequenas plantinhas,

Cresçam e desabrochem para sempre.

E se um dia eu ficar sozinha,

Que eu possa podá-las e replantá-las.

 

Que essas pequenas flores,

Estejam sempre brilhantes.

Que elas abençoem nossas vidas,

Para sempre

SANDRA GODOY

Limeira-SP

 

 

 

 

 

 

 

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Algumas palavras

Queridos Poetas e Administração!

Boa noite!

Vem Livro novo por aqui. Mas não é poesia, não?

Mais um filho. Já está na editora.

Gostaria de dividir essa alegria com vocês.

O nome de meu livro: “Pode acreditar, aconteceu comigo”!

Vão algumas palavrinhas para vocês entenderem.

 

Nós, portadores de necessidades especiais, passamos pela vida e enfrentamos situações que de uma maneira ou de outra acabam nos trazendo desconforto. Por falta de informação ou mesmo por falta de habilidade para enfrentar o desconhecido, alguns pais ou cuidadores não estão preparados para identificar as nossas necessidades.

Muita coisa mudou nessas últimas décadas, mas mesmo assim muitas coisas precisam ser vistas.

Nasci no ano de 1953, quando quase ninguém estava preparado para nos receber. Ou nos superprotegiam e nos escondiam dentro de casa ou éramos levados para o mundo dos “normais” sem nenhuma preparação.

Mas, somos, na maioria, inteligentes, persistentes e tremendamente teimosos. Gostamos de desafios, embora às vezes saiamos machucados física e emocionalmente.

Foi pensando em tudo isso, que resolvi escrever esse pequeno livro. Nele coloco fatos que, na época, foram muito difíceis de enfrentar, mas que agora, relembrando dou muitas risadas das situações.

Assim é esse meu livro. Fatos tremendamente ruins, contados de maneira engraçada. 

 

Aqui vai uma pequena amostra:

Quebrei o pote

 

Nasci no ano de 1953. Ao nascer, um susto... Traumatismo no parto. Conclusão: lesão cerebral, uma deficiência neurológica. Nessa época, as coisas eram difíceis para os portadores de necessidades especiais. Não havia tratamento no interior, nem nas grandes cidades e muitas crianças morriam sem atendimento. Por isso, eu sempre estava para morrer. Diziam que eu iria morrer quando nasci depois adiaram minha morte para quando eu tivesse a primeira menstruação e por aí seguiam as profecias. Não morri ao nascer. Bati o pé e não fui!

Nos meados da década de 60, eu já com 12 para 13 anos via minhas amigas todas já mocinhas. Elas viviam cochichando uma para a outra que já tinha “quebrado o pote”. Este era o termo usado na época. Comecei a ficar desesperada, pois meu fim estava próximo. Ia bater a “cachuleta”. Não tinha o que fazer. O jeito era esperar.

Em um domingo, com a casa cheia de visitas, eu fui ao banheiro e vi minha saia branca toda suja de sangue. Sentei no vaso sanitário e fechei os olhos. Parecia que morrer de olhos fechados era melhor. Esperei por uns dez minutos e nada. Abri os olhos e estava vivinha. Não deu outra... Saí correndo – do meu jeito e no meu ritmo –, pelo meio da sala gritando: – Eu não morri, eu não morri, eu não morri, estou viva, sou mulher... – Minhas tias e meus primos olharam espantados enquanto minha mãe, muito envergonhada correu comigo para o banheiro. Ela ficou muito brava e eu toda feliz. Não estava nem aí... Só sabia falar que estava viva.

Minha mãe explicou tudo e disse que não era pra falar com ninguém sobre o acontecido. Pobre coitada! Voltou para a sala de cabeça baixa e morrendo de vergonha. Enquanto isso eu já estava lá na rua cantando feliz e contando para toda a vizinhança. No dia seguinte, todos já sabiam que a filha do Luizinho tinha “quebrada o pote” e estava viva.

Hoje, quando me lembro deste caso, em meio aos risos, fico imaginando como a inocência e os tabus colocam pimenta em nossas atitudes diárias...

                                                                                

E é isso. Espero que a Administração deixe publicar

Beijos para todos.

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“Desfiz os nós de minha solidão.”

“Desfiz os nós de minha solidão.”

 

Você partiu com frases evasivas.

Sozinha, incrédula, quase perdida,

Nó atado, vida morta, retorcida,

Fui pelo mundo, sem alternativas.

 

Alma morta, coração cambaleante,

Destruída, revirei redemoinho,

Eu nada encontrava pelo caminho.

Sem saída, era cobra rastejante.

 

Deitada, esfarrapada, dormi ao sol.

Acordei, levantei, luz no arrebol.

Minh’alma recebeu o calor do dia.

 

Refeita, ergui-me. Abracei a poesia.

Renasceu o amor em meu coração.

Desfiz os nós de minha solidão.

Sandra Godoy

Limeira-SP

 

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"ESCUTA, VEM NASCENDO A POESIA"

“Escuta, vem nascendo a poesia” - Gazal

 

Em meu ser explode emoções,

Veias dilatam, coração bate forte.

 

Alma confusa procura saída,

Mente alterada busca suporte.

 

Amor, loucura, paixão, revolta

São temas. Parece um recorte.

 

Vêm devagar, em pequenas brisas,

Vira vendaval, vem sempre do norte.

 

Torço, retorço, mas, não vejo saída,

Quero sair, não tenho passaporte.

 

Vou ao universo, escondo em galáxias,

Sempre me encontra, parece a morte.

 

Vou enfraquecendo, as forças se vão,

Sem mais delongas, me entrego à sorte.

 

No barco sem leme e sem direção,

Tenho certeza, não há quem me aporte.

 

Crio coragem, levanto, acalmo,

Ando devagar, tomo meu porte.

 

Ouvidos atentos, sons bem distante,

Envolve meu ser, sem que me importe.

 

Dentro da alma, vem nascendo a poesia,

Escuta! Não adianta. Não há quem a aborte.

 

 

Sandra Godoy

Limeira-SP

 

 

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VIDA

VIDA

 

A vida é simples,

Mas a gente complica.

 

A gente torce, contorce,

Vira, desvira,

Tirando os nós.

 

Às vezes, são frágeis,

Mas, neles enrolamos,

Vamos tornando-nos

Novelos de lá.

 

Outras vezes são fortes,

Duros, cascudos,

Mas, desfazemos

Tão rápidos, em pó.

 

Queremos entendê-la.

 

Vida, não é para ser entendida,

É para ser vivida.

 

Atiramos no que vemos

E acertamos o que não vemos.

 

Assim é a vida.

Acertando e errando,

Temos que segui-la.

SANDRA GODOY

Limeira-SP

 

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NOSSOS CAMPOS FLORIDOS

Nossos campos floridos 

  

Volto a andar em nossos campos,

Antes floridos, aromas de amor.

Olho as flores, caídas nos cantos,

Tristezas, lágrimas, muita dor.

 

 

Sigo triste, sem os seus carinhos,

Sem sua presença, sem uma flor.

Volto a andar em nossos campos,

Antes floridos, aromas de amor.

 

 

O tempo levou nosso ardor.

O frio cobriu o sol com mantos,

Deixando frieza, só desamor.

Sigo o caminho junto aos espinhos,

Antes floridos, aromas de amor.

Sandra Godoy

Limeira-SP

 

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CPP