SOU PRA VOCÊ...

Sou pra você mais do que mereço

Você sempre atento e preocupado

Me cerca de todos os cuidados

 Sem cobrar-me nenhuma perfeição

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Sou pra você...

O stress que te leva à loucura

Mesmo assim aceita minhas bravuras

Enfeita os meus defeitos com seu jeito

Abraça minha causa sem rejeito

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Sou pra você

Seu porto seguro em observação

Quando não sente o doce das degustações

Usa o bom senso da paciência

E me leva aos céus com benevolência

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Sou pra você

A rosa mais bonita da tua vida

O centro das atenções no seu coração

Sem nenhuma demagogia ...

Esta é minha simples e humilde opinião 

Fim de linha

Hilário pensar nos erros cometidos

Tantas coisas abraçadas sem sentido

Quando despertamos, estamos despidos.

Com alma e corpo corrompidos 

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Quando perdemos a noção do juízo

Ignoramos o certo em prol do avesso

Trocamos a água pelo saboroso vinho

Numa cegueira ocular, sem adivinho

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Dentre as dimensões do perigo

Fazemos da vida um arco-íris

Multiplicamos nosso mundinho estúpido

Sem medir consequências surtidas

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Quando envelhecemos, pisamos nos freios.

Repassamos nossas páginas assombrosas

Ajoelhamos em prol dos perdões

Que se semeia em nossos corações. 

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Durante uma vida inteira erramos nossos voos

A vida passa num piscar de olhos diante de nossos olhos

Quando acordamos, a terra já nos sugou.

A Vida enfim acabou....

REI DA BELEZA

Quando tudo está errado você entra e acerta

Tento me convencer que não preciso de você

Perco meu juízo e procuro outro abrigo

Não dou trégua ao meu orgulho descabido

Não queria que você fizesse parte deste todo

Ou deste pedaço que desassossega meu espaço

Reluto não precisar-te sempre que preciso

Ignoro sem calcular meu insensato prejuízo

Santo, santo é o seu nome na minha evolução.

Não há outra forma para diagnosticar sua menção

Por mais que eu não queira, seu espaço é notório.

Rei da beleza que me deixa em armadilhas

Mesmo sem audiência há no zelo a experiência

Toca sua  estrada, mas nunca me deixa em falência.

Incertezas 

Porque parece tudo tão incerto? 
Mesmo quando fazemos tudo certo 
Dúvidas nos maltratam 
Esmorecem nossos corpos 
Piram as nossas mentes 
Desolados... 
Adormecemos lentamente !

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Às vezes os degraus insinuam-nos a subir 
Olhos atentos em compasso com o cansaço, 
empurram-nos até o andar de cima. 
Já cansados e descalçados alcançamos o topo 

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O medo nos afrontam... 
Quando pensamos nas descidas 
Covardemente nos ocultamos 
Fechamos a porta... 
Adormecemos outra vez! 

Selda Kalil

 Parênteses fechados

Estou precisando escrever...

Qualquer coisa que me faça acompanhar o tempo

Tentar acelerar minhas reações adormecidas

Que rodopiam em meus neurônios esquecidos

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Ocultei-me entre parênteses

Acomodei meus pés num pequeno espaço

Assistir a solidão durante anos

O tempo velou-me sem intercessão

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Correr contra o tempo é tiro perdido

Impossível doar, trocar ou vender um passado.

Impossível ultrapassar um futuro sem adivinhos

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O tempo está passando enquanto rabisco minhas neuroses

Em atraso felicito meu presente !

Que celebra em mim o que é fato nesta vida.

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Despertar para a vida ...

É se livrar destes parênteses fechados,

que incomodam nosso presente.

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Abrir parênteses...

Viver a favor do agora

É presente de Deus

Selda Kalil

Trem da felicidade!

Procurei-te em todos os lugares

Perguntei ao amigo mais próximo

Fiz sinal nas paradas dos semáforos

Caminhei entre o centro e os bairros

Respostas ausentes ofuscaram meus ares

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Busquei comprar minha passagem

Mesmo sem encontrar respostas, arrisquei.

Mochila nas costas, tênis nos pés ali estava.

Eu e minha sombra vagando sem multidão

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Sentimentos camuflados dentro de nós

Não trazem respostas clarificadas

Inibe nosso caminhar

Amortece nossas almas

Matam-nos precocemente

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Democratize seu intímo desconhecido...

Respostas objetivas, ouvidos atentos. Sintonizem-se!

Boa viagem!

Selda Kalil

UNIÃO ENTRE IRMÃOS

(Selda Kalil & Edson Nelson Soares Botelho( In memorian)

Venha até minha casa e coma da minha comida
Ande do meu lado e percorra os mesmos caminhos
Compartilhe comigo minhas dúvidas e tristezas
Minhas certezas e minhas alegrias já estão em mesa
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Acompanhe os meus e os seus anos percorridos
Irá perceber diferenças bem objetivas e proferidas
Preste atenção quando tropeçar para não cair
Ajoelhe-se pois se aceitar podemos nos ajudar.
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Não dá para cair se uma mão conduz  outra
Carregando sua história politicamente parecida
Uns com fardos mais pesados que outros e cada qual com sua cruz
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Deus não nos criou para sermos infelizes
Ele nos ama e anseia nos ver em união entre irmãos
Venha até minha casa e coma da minha comida

(Selda Kalil & Edson Nelson Soares Botelho (In memorian)

UNIÓN ENTRE HERMANOS

(Selda Kalil &  Edson Nelson Soares Botelho)

Ven a mi casa y comer mi comida
Camina a mi lado y pasar por los mismos caminos
Comparte conmigo mis dudas y penas
Mis alegrías y mis certezas ya están en la mesa
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Sigue mi y sus años cubiertos
Se dará cuenta de las diferencias objetivas y muy dados
Preste atención para no caer cuando tropiece
Arrodíllese para si aceptamos ayuda.
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Usted no puede dejar caer una mano lleva otra
Llevar su historia políticamente similares
Con uno más pesado que el otro y cada bala con su cruz
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Dios no creó que seamos infelices
Él nos ama y anhela para nosotros ver el matrimonio entre hermanos
Ven a mi casa y comer mi comida

Tormento ...!!!

 Maldita saudade que me atormenta 

Descontrola meu sistema

Vaga como sombra

Assopra, me abana, me chama

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Saudade inconsequente ...

Entala minha garganta

Atrapalha minha rotina

Entope as minhas veias

No meu corpo se semeia

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Saudade que matei um dia 

Chega sem nenhuma valia

Meche com meus neurônios

Ignora todos os meus afazeres

Dribla-me a qualquer custo

Como uma mala sem alça

Dá-me um baita cansaço.

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Saudade estúpida dos meus desencantos

Causou-me tantos tormentos!

No meu histórico transitório

Te reprovo até a morte.

Tua fotografia 

Tua fotografia se instalou em meu coração 
Tatuou-se em mim sem disciplina 
Ditou-me suas regras irresolutas 
Deitou em meu ser de forma absoluta 
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Tua fotografia se prescreveu sem consultas 
Confundiu meu sistema imunológico 
Governou minha alma vulnerável 
De forma extensa, imensurável 
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Tua fotografia já é definição irrevogável 
Sem chances á destruição ou remoção 
Sua moradia faz parte das minhas alucinações 
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Tua fotografia fixou-se em minha vida sem data de extinção 
Abraça-me todos os dias de forma renovável, excepcional 
Juntas, somos a força de um passado. um presente e um futuro sem solidão 

ATITUDES 

Nem um rumo se toma sem atitudes

A vida é uma linha cruzada no vertical e horizontal

Os morros esquentam-se a cada subida imposta

As descidas convém-nos as facilidades expostas

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Sem sentido não se vai a lugar algum

Sem coragem o mundo te rejeita

Os tolos vagam pelas sombras

Os sóbrios lutam por estradas menos estreita

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As flores exalam perfumes quando cuidadas

Despertam atenções sem distinções

É aliada a vida com boas intenções

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Estamos vivendo num mundo dos sentidos

Sentidos pelas conquistas do saber e do querer

Atitudes faz parceria à evolução humana de forma firme, ativa e concreta.

Selda Kalil

Jardim da vida

Autor -José Carlos

Para plantar o jardim da vida primeiro escolha o terreno; em seguida adube-o com muito carinho, amor e respeito; depois o grame para que a intempérie não o danifique, mas deixe lacunas e aos poucos vá colocando tudo de necessário para que ele fique perfeito.  Não se esqueça das rosas, pois elas vão dar o toque final para que ele fique lindo e perfumado. Seu jardim,sua vida!

Amar-te agora é  prioridade  de minha vida.  Sermos felizes é  prioridade  de nossas vidas!  Pense nisso 

Seu amor  José  carlos

A vida

Nas labutas deste mundo bizarro

Nem tudo está perdido e corrompido

Quem perdeu pode ganhar no seu plantio

E abraçar a vida até então sem sentido

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   Árvores que dão bons frutos

Vem das raízes fortes e bem alicerçadas

Se suas folhas caem pelo mau tempo a perecer

Suas origens fortes perduram-se até o florescer

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Neste mundo de meu Deus há muitas terras

Que veio para habitar dando a cada um o seu pedaço

Mesmo que os temporais os sugam terá sempre seu espaço

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  Somos parte de uma sociedade conectada a criação

Que traduz o homem pela parte de sua vida plantada em conexão

Cada qual com seus direitos e deveres em metades ou inteiros

Selda Kalil

Valentões

Sua valentia não me incomoda

Seu pensar anda ultrapassado

Quanta bobeira diz todos os dias

Perdeu o controle de sua sabedoria

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Os valentões são abusados e fracos

Sem respeito perde-se todo controle

Haja paciência aturar seus perjuros

Quando bravejam em cima do muro

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Valentões com bolsos cheios de conclusões

Acham-se no direito de se reivindicar

Ignora o outro lado sem se autocriticar

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Sem resultados precisos esbravejam  reivindicações

Atropelam-se sem dar conta do seu próprio inferno astral

Quando acordam são exterminados neste sistema crucial

Selda Kalil

Rancho na colina

Lá no alto da colina

Há um rancho, meu apego, meu descanso

Felicidade que fascina e não tem preço

Nas labutas e no silêncio do meu berço

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Um olhar vira aliança

Um cantar nos traz lembranças

Dos amores que vivi nas minhas meras andanças

E dos que perdi nas minhas infrenes lambanças

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No meu rancho há simétricas cantarolas

Eu,uma viola e meus pássaros sem gaiola

Bem unidos num Dó. Ré.Mi.Fá.Sol.Lá.Si

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Deus dos altos nos contemplam

Desce os anjos com suas flautas e se ambientam

Bem unidos, bem amigos e bem irmãos.

  Ah... Como é difícil amar-te!

Você é um cara difícil!

Amar-te é complicado.

Às vezes não sei se amo...

Ou mesmo se desisto.

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Você me adoça!

Outrora me deixa gosto amargo.

Não sei se te puxo para o colo

Ou se te empurro ao solo

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Homem inconstante,

Muda-se a cada instante.

Diz coisas sem nexo.

Transparência não lhe é peculiar.

Arrogância parece-se virtude no seu pensar

Ah... Como te acho anormal!

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Complicado te amar homem!

Um bem-me-quer atraente

Vira-se do avesso sucessivamente

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Um abraço amoroso...

Num piscar de olhos se transforma.

Um beijo doce deixa-se escapar...

Gosto amargo de não quero mais.

Ah. Como é difícil amar-te!

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Querias eu, ser um pássaro!

Ausentar-me dos humanos

Viver um amor nos altos das montanhas,

 sem dor,sem pavor.

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Ah. Como é difícil amar-te!

Selda Kalil

Os loucos também amam! 

Eu gosto da noite...

Bem mais que o dia.

O dia me estressa...

À noite acalma-me, encanta-me!

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Sento na calçada,

Fico de papo com a lua.

Conto minhas estrelas...

Já tenho até minhas preferidas!

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Vocês acham que estou ficando louca?

Meus vizinhos também acham!

Suponhamos que sim, e daí.

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Sou diferente no meu ponto de vista

Imagine se não houvesse pessoas diferentes

O mundo ficaria sem graça, sem ação.

Ser igual todos os dias cansa minha mente

Pratos diferentes incentivam minhas degustações

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Gosto de mudanças...

Prefiro aquilo que me faz bem

E não o que agrada alguém.

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Não nasci para viver sua vida!

Prefiro viver a minha.

Do meu jeito, sei amar.

Do meu jeito sei chorar

Do meu jeito sei fazer poesias

Do meu jeito sei me fazer feliz

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Loucos do seu ou do meu jeito...

Também amam!

Selda Kalil

Ando devagar...

Lentos são os meus passos
Já não tenho pressa 
Já corri demais

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Percorri estradas apressadas
Não tinha tempo para o sol
Não batia papo com a lua
Nem contavam minhas estrelas.

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Sofria com as labaredas do meu dia a dia
Corria contra o vento sem assento
Deitava sobre o peso do cansaço
Nem mesmo os sonhos me acompanhavam

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Hoje meus passos são lentos
Apaguei o fogo dos tormentos
Dentro deste presente momento...
Há espaços sem questionamentos

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Eu corria muito...
Hoje tenho tempo
Já não corro mais.

.     .

Os três poderes

Vou envelhecendo,  me orientando.

Sei bem das minhas transformações

Tento me ajeitar sem me deprimir

Cingir certos estragos que adquirir

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A cada dia, deixo um passo atrás.

Lanço no baú minhas pedrinhas contadas

Nasci sobre terras onde o sol esbraveja

Tatuados em mim as marcas das pelejas

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As estradas são árduas, mas precisas.

Faz parte de um todo em nossas vidas

Levantam-nos dispostos em opção.

Deitam-nos cansados pela evolução

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Viemos conectados com principio, meio e fim.

Bendito seja quem viver alinhados a estes três poderes

Querias eu ...

Querias eu, ter a paciência de Jó.

Não me incomodar com as adversidades alheias

Nem tampouco com os disse não disse dos pentelhos

Que se atraem em prol dos conflitos humanos

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Querias eu, me virar do avesso, alinhar os idiotas.

Pautar esta sociedade cega, ditadas pelas aparências.

Que vivem vasculhando sua cozinha com certa incoerência

Que fazem do ouro sem miolo, seu castelo.

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Querias eu, ver o mundo conforme Deus pautou.

O inferno se espalhou em terra de tal forma

Que fica difícil saber quem de fato se uniforma

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Querias eu, ser um passarinho, voar sem direção.

Ignorar minha impaciência, viver sem aporrinhações.

Ausentar-me dos humanos, viver em paz na minha sã consciência.

Selda kalil

Rouba-me!

Surge assim do nada e rouba-me!

Rouba-me meu amor e ainda diz estar tudo bem?

Ainda diz-se ser somente um empréstimo?

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Tira de mim o meu pão...

E diz-se estar faminta?

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Tira de mim minha água...

E diz-se estar sedenta?

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Vem e rouba-me!

Rouba-me meu amor...

Ainda diz-se ser só por instantes?

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Tira de mim meu cobertor, meu aconchego...

E diz-se estar com frio?

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Um disparate, isto é abuso.

Quer simplesmente um uso.

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Vai pegando, se apossando...

Sem questionar se há carimbo

Rouba-me meu tesouro!

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Atrevida, cangaceiro...!

Vem de longe, sem eira nem beira...

Vai chutando, empurrando,se apossando

Se usufrui daquilo que construí.

E rouba-me!

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Fui lá e tomei de volta.

É meu por direito!

Não empresto, não vendo e nem dou.

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Rezo minhas Ave Marias!

O vento socorre-me destas tempestades

Leva de volta este estrago passageiro

E lança-a onde tal merecer

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Vai-te pentelha atrevida!

Cure os seus devaneios junto ao quinto dos infernos

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E o vento ...Rouba-te!