Posts de Sirlanio jorge Dias gomes (220)

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Aparência

Resultado de imagem para máscaras surreal

Quanta escravidão em nós!
Já nascemos escravos,
Escravos de um sistema inevitável,
Que nos aprisiona até a morte,
Escravidão de faces silenciosas,
Acorrentando nossos sonhos,
Poder irônico sobre nossa falsa liberdade,

Opressão sob a égide de um bem coletivo,
Pessoas se ferem em seus preconceitos,
Subjugadas em si mesmas,
Numa intensa prisão invisível,
Encarceradas em suas ignorâncias,
Insana superioridade fétida,
Excremento de mentes doentias,
Escravizadas em seus vícios.

O relógio gira incansavelmente,
Pessoas seguem suas doutrinas,
Trilhando labirintos ignotos,
Buscando refúgio para não enlouquecerem,
Em meio a tanto conhecimento desconhecido,
Alimentando as massas em suas fraquezas,
Enquanto a beleza das coisas murcham,
Diante dos nossos olhos desatentos.

Séculos diante de séculos,
Dos heróis apenas as memórias insistentes,
E a incerteza de algo que até então valeu a pena,
Numa realidade o tempo todo mascarada,
Levando-nos ao grande matadouro social,
Onde a pobreza e a riqueza não fazem diferença,
Somos reféns da natureza cíclica,
Mutando-se ao bem querer da evolução.

Não somos melhores do que a quem julgamos,
Fazemos parte de um imenso quebra-cabeça,
Tão infinito quanto nossa soberba,
Desfilando uma serenidade entediada,
Buscando o tempo todo transpor nossas fragilidades,
De algo que não temos nenhum controle,
Em suas dissimulações convenientes,
Iguais em tudo nesta umbrática humanidade.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Intuito

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Há um outro tempo dentro do nosso tempo,
Irônico poder que nos envaidece,
Seguindo com a faca entre os dentes,
Envenenando-se a cada discurso de ódio,
Vertendo silenciosamente entre os lábios,
A penosa morte que nos desorienta,
Quando abraçamos a imortalidade,
Tentando prender entre os dedos as nuvens.

Nossa alma inquieta serpenteia entre orações,
Absoluto desespero da despedida,
Tocando o corpo sob as ondas do medo,
Perdido talvez em olhares lúdicos,
Semblantes ardilosos diante do inevitável,
Buscando a perfeição ao último ato,
Na esperança de que tudo possa ser melhor,
E que possamos partir em paz.

Deixamos aos incautos a rivalidade,
Laços consanguíneos na grande arena da vaidade,
Perdidos entre o poder,
A estampar suas faces assombrosas,
Como quem vê as faces de um santo,
No espírito de uma serpente dissimulada,
Repletas de mortais sentimentos,
Enquanto arde em ambição.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Trajetória

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Acordei bem cedo,
Na boca um gosto amargo,
Muitos pensamentos rondando,
Nesta vida cheia de adjetivos,
Bordões da alma em farrapos,
Delirando-se na comédia da existência,
A rodopiar, assoviando para a morte.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Alienação

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O que somos?
Olhamos no espelho,
O que amanhã será apenas passado,
Reflexos transitórios de humanidade,
Eus perdidos no subconsciente,
Seguindo a razão em seus surtos,
Tentando a todo custo,
Contrabalançar a vida contingente.

Quem seremos daqui há pouco,
Segundos decisivos nos moldam,
Inconsciente de nossa arrogância,
Frágil certeza ao fim que nos arremete,
Fronteira capciosa da morte,
Entre ávidos olhares anímicos,
Complexo jogo da vida,
Emanando sinais ao ser embrutecido.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Concepção

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O que parecia simples,
Tornou-se absoluto aos meus olhos,
O teu sorriso despertou minha'alma,
Fez florescer meu desejo emudecido,
Guardado sob a terra estranha do meu medo,
Receio do quebrantado amor,
Há muito desolado pelo engano.

Se existe asas no infinito,
Ao certo buscarei as minhas,
Preciso ser eu novamente,
Voltar a sonhar após o infortúnio,
Saber que foi apenas um lapso em meu tempo,
Onde as pedras sequestraram meus passos,
Máxima pena dos meus hiatos,
Inércia da minha abnegada felicidade.

Deixo no esquecimento minha tristeza,
Me misturo ao mundo das coisas,
Sensíveis razões de uma frágil existência,
Acostumada a sonhos tangíveis,
Ressalvas da minha pávida humanidade,
Relendo o subjacente amor,
Enquanto meus lábios ansiosos,
Aguarda teu primeiro beijo.

sirlânio Jorge Dias Gomes

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INTROSPECÇÃO

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O mundo está gritando aqui dentro,
O silêncio é estridente,
Mas ninguém me ouve,
Tudo aqui é dor que me sufoca,
Lágrimas que transbordam,
Inundando meu ser de tristeza,
Enquanto caminham apressados.

A diversão acontece lá fora,
Enquanto me torno cada vez mais invisível,
Tantas banalidades num nó infinito,
Amarrando meus pés e mãos,
Refúgio dos meu medos,
Em seus túneis absolutos,
Escondendo o que de mim se perdeu.

Há uma beleza murchando antes da morte,
Complexo colóquio da inocência,
Diante do tribunal dos acusadores,
Espelhando as suas santidades,
No demoníaco corpo que me reflete,
Enquanto cuspo ao chão,
A última gota do meu caráter.

Sem mais pensar puxo o gatilho,
Da imensa arma social que me apavora,
Com seus julgamentos cheios de ódio,
Hipocrisia de muitas máscaras,
Flertando a consciência imunda que os adverte,
Olhando insistentemente aos meus opositores,
A fim de que enxerguem meu sofrimento.

Nada basta a este circo de horrores,
Quando decidem ver o sinal de sangue,
A morte já serviu de seu melhor banquete,
Sentada no trono das vaidades,
Olhando outros tantos em desespero,
Buscando ao relento da esperança,
O sentido da vida cheia de possibilidades.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Percepção

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Sobre mim desliza o tempo,
Minh'alma são pergaminhos,
Espalhados pelo caminho ao longo da vida,
Impressões de efêmeras emoções,
Sob olhares viscosos,
Conjecturando suas existências belicosas,
Na ociosidade de idéias abstratas.

Sirlânio Jorge Dias Gomes
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CPP