À bolina dos ventos

Respiro e saboreio cada momento definitivo
Tenho na intuição dos prazeres o reencontro
E a assinatura do silêncio quase coercivo gotejando
Entre a solidão e os deleites de um sonho tão bem nutrido

Na horta das minhas ilusões planto a esperança
Que renasce esgotando o cálice onde deposito cada
Lágrima de júbilo escorrendo na face do tempo fugitivo
Exibindo seu indomável silêncio sempre mais paliativo

Nado num passível momento do tempo onde me afogo
Em cada sufocante maresia bradando intempestiva até
Que as margens do amor se unam para sempre assim interactivas

O vento iça para longe todos os perfumes poluindo o oceano de solidão
Onde visto aquela onda uivando à bolina, desaguando cativa, errante para
Gáudio de cada maré sucumbindo a nossos pés tão afoita virtuosa…regenerativa

Frederico de Castro

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Frederico de Castro

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • É a vida se diluindo feito areia ao passar pela ampulheta.

    Parabéns Frederico. Feliz dia do poeta.

    Destacado!

  • Parabéns, poeta amigo, poema primoroso, adorei. Você tem o estilo próprio de escrever é mestre nele... Sou seu fã. Abraços, paz e Luz!!!

  • Admiramos muito o seu estilo, Frederico, por certo, autoral e único,

    a ponto de ser injusto dizer que uma peça é muito melhor que outra, 

    posto que todas trazem a sua qualidade de autor.

    Mas este poema, em especial, está um tanto mais que outros poemas seus também maravilhosos.

    Este tem um "quê" a mais...

    Lindíssimo!

  • 3686414?profile=original

    • Obrigado pela gentil mensagem

      Votos de dia feliz

      FC

  • This reply was deleted.
  • This reply was deleted.
This reply was deleted.
CPP