A centímetros da solidão

Os dias escorrem pelo vão das longas madrugadas
Enquanto o ressequido silêncio invade os restos de
Uma solidão vagando em cada lacuna desta tristeza
Corroída, vulnerável…subjugada

Pelas sombras da noite revela-se o murmúrio despojado
Deste olhar que sustenta o divagar do silêncio acoitado entre
As silvas do tempo ausente e aviltado onde indolentes
Pernoitam os lamentos atados a nós umbilicalmente complacentes

Nutri cada ausência mais reveladora e empolgada
Deixando por indemnizar aquela solidão que em nós
Se refastelava, mais implacável…tão bem propagandeada

Tirei as medidas ao tempo alimentando cada comprimento
Da saudade com mil centímetros destas memórias carentes
Espreitando pela fresta dos inconfessáveis desejos mais latentes

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Suas obras incentivam aqueles que pretendem excursionar na literatura. Frederico, por que me abandonaste?

  • Sentimentos que grita aquele uma saudade trazida pelos ventos entrando dentro do coração apaixonado. Poema maravilhoso

  • 3693606?profile=original

  • Silêncio e solidão...

    Temas rcurrentes nessta nova etapa também, tão indescristíveis e poéticos como o amor...

     Tristezas misturadas com beleças , escuridades da alma. arrumadas com esperanças.

    E mais um espectacular soneto de arte maior, perfeito ...

    Sempre é um grande prazer e uma grande honra ler a você, meu amigo querido e mestre.

     Obrigada.

    Parabéns!

    • Obrigado Maria pela estimada e gentil mensagem

      Abraço lusos

      FC

  • O que dizer de tão belos versos? Aplaudir muitoooooooooooo!

    • Grato poetisa pela sua presença e gentil mensagem

      Bem haja

      FC

  • 'Tirei as medidas ao tempo alimentando cada comprimento
    Da saudade com mil centímetros destas memórias carentes
    Espreitando pela fresta dos inconfessáveis desejos mais latentes'

    MARAVILHOSO!!AMEI SEUS VERSOS.FREDERICO!

    APLAUSOS!

    BJS

    • Grato Ciducha pelo carinho e gentileza

      Votos de dia feliz

      FC

  • Sentir o poema como uma casa que foi se esvaziando e guardando a ausência de cada um que partiu para viver a própria vida.

    Lindo momento!

    Lindo poema!

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