A LUA

Tanta coisa se aclara com a lua

Até mesmo as emoções todas afloram

Na penumbra fina da luz rala

Entre silhuetas de fantasmas magricelas

Flana a passeio sobre vapores e velas

Atracada às ondas calmas e inquietas

Onde a indecisão e a certeza se resvalam

E fica horas sobre o monte a olha-las

 

Não se abala, adormece ou cala a noite

Martela nas profundezas ostras e pedras

Distorce as correntes, assusta corais

Remexe os silêncios, iguala as regras

Solta as amarras dos barcos nos cais

Fria, ri das calmarias, instiga os canais

 

Depois se desmancha pudica e indecente

Entre as risíveis falsas juras dos casais

 

PSRosseto

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Paulo Sérgio Rosseto

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP