O amor bate em minha porta abruptamente
Grita meu nome em sussurros que fazem caracóis
Diante dos meus olhos tristes
Nem percebo que posso ser feliz abraçado ao carinho
De mãos renovadas, ornadas com ousadia
Enquanto a noite grita por socorro em becos urbanos
Faz frio em dias de sol constante
Mas um fogo em meus espaços ocupados crepita
Nem a fuligem de uma cidade que se mata
Consegue sufocar certas bolhas de vida
O olho de um sonho me sonda diante das janelas entreabertas
Na noite que se fecha como uma caixa de presente
Guardando dentro de si os planos de um homem
Nem arrisco entender como a vida me algema
Para escrever em minha cela que a liberdade vale muito
Deixando-me por alguns momentos ter asas
Temo abrir a porta para deixar os sentimentos entrarem
Com seus sapatos sujos de esperança quando caminhavam
Pelas mentes inocentes de jovens tateando as trevas ao dia
Sem saber que existe um preço por cada instante de aventura
Enquanto tento me proteger das visitas incessantes
Em meu coração cansado de iludir-se pelas veredas da vida
Não percebo que uma estranha sensação me domina por inteiro
(CLÁUDIO ANTONIO MENDES)
Comentários
Teus versos são um deleite para os olhos e para o coração. Lindo!
Bonito poema, Claudio. É sempre bom ler-te.
Parabéns pela composição.
SENSACIONAL!!!!! Parabéns Cláudio por tão maviosos versos! DESTACADO!
Grato pela sua visita e comentário.
É um trajetória de intimismo e de beleza esse poema!
Vai-se lendo e se vai deixando envolver pelas suas imagens, Cláudio!
Grato pela sua visita e comentário.