Canto de inverno

E assim enquanto o inverno se desenrola gentil e alucinado
Deixo passarinhar pelos substantivos céus um mar de festejos
Reconstruidos na oficina poética qual epidémico acto de amor
Que embalsamo num abraço bem anatómico…tão epistémico

Pudesse eu confortar cada ausência e no teu acarinhado
Colo decerto imaginaria o nutrido e ressuscitante
Sossego aplacando a maternal vestimenta do dia
Que renasce para nós assim retumbante

De neblinas lustrosas se vestiu a manhã engalanando a
Paisagem hipostasiada com a tua gargalhada bem vincada
Aninhando estes versos em cada palavra espairecendo numa
Coreografia de vida assim supostamente em ti personificada

Da noite restam pequenos focos deste silêncio integral tão
Visceral incorporando uma hora trivial onde tão ígneos lambíamos
A noturnica fantasia temperada com muitos dos nossos virtuais
Desejos envoaçando pelo trapézio de tantas, tantas ilusões tão colossais

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Concordo com a Ana, eu também sinto-me assim.

    É o lirismo de teus versos.

    Aplausos de novo Frederico.

  • Um verdadeiro canto onde o silêncio é a vos que tudo se traduz

  • BELÍSSIMO, ALÉM DE MAIS QUE BOM!

    ¡PARABÉNS!

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    • Obrigado amiga

      Deixo meu abraço fraterno

      FC

  • Mais um lindo verso!

    Parabens,poeta!

    Bjssssssss

    • Grato poetisa pelo carinhoso comentário

      Votos de dia feliz e em paz

      FC

  • Você escreve de pose sublime que toca bem fundo dos nos nossos corações.

    • Grato amigo Sam pela estimada mensagem

      Bem hajas

      FC

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