CRISTAIS QUEBRADOS

Um gesto estático,
Feito estátua de carrara,
Um estalo deflora,
Um silêncio faraônico,
Invadindo a alma,
Como num sopro de vela,
Calando as entranhas.
 
Uma máscara de horror,
Como mágica, aflora,
E em milésimos deflora,
Do sereno ao pavor,
Um milésimo a transformação,
Da surpresa em transe,
Por todo o espaço,
Ressoa o grito “maldição”.
 
Esparramado em contraste,
Com o ambiente em estilo padrão,
Cristais de fino trato,
Feitos à mão, jaz,
Espalhados pelo chão.
 
Ricardo Sales.

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Ricardo Sales

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Comentários

  • Obrigado Poeta José Carlos por sua ilustre visita. Escrevi este texto mais ou menos a 35 anos atrás e sempre tive receio de publicá-lo, por achar que os poemas em geral fale de coisas sempre no sentido sentimental do amor e suas vertentes. Como descrevi uma destruição de objetos caríssimos, só possuídos por pessoas de algumas posses, achava que não seria bem aceito. Mais o que tentei passar através deste texto, foi de que nem sempre estamos no topo da vida e a vida ela é sempre de altos e baixos. Nada na vida é indestrutível. Um grande abraço.

  • Brilhantemente fabuloso essa poema que se completa em lindas palavras, Sentimental

  • 3687967?profile=original

    • Grato Poetisa Marsoalex pelo seu carinhoso comentário. Um grande abraço.

  • Belíssimo tema, bom de ser decodificado sem pressa, a passos tranquilos, para poder apreciar em cada detalhe escrito.

    • Caro Poeta Sam, já desvendei o mistério, acima descrito na resposta ao comentário do nosso Poeta José Carlos. Grato por sua leitura e comentário. Abraços.

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