Era noite alta...
E eu não vi escolhas nos olhos dela...
Só esperar...só silêncio
A noite cobre as coisas do mundo e avança
A noite é a morte que lhe acalça docemente
A noite sabe de você...
E sabe de mim...
Mas não conta
Existem rios la fora...
Existem lagrimas em suas margens
Cortejos sibilantes
Em meio aos pirilampos
Talvez existam velas ...
E nas lavouras houveram foices...
Caiu o trigo em sua sina...
Levado a cabo e sua sorte...
A noite vem...a noite não liga
Boêmios claudicando nas esquinas
A noite os arrastou aos bares,dos bares,pelos bares
A noite incerta leva a todos...
Era noite alta...
Fazia frio na cidade...
Fazia frio na colina...
Nenhuma escolha nos olhos dela
Só despedida...
RODRIGO CABRAL
Comentários
É triste, mas é muito bonito teu poema.
É como viver fazendo algo para sobreviver sem gostar dquilo que faz, isto se torna um morrer a cada hora.
Parabéns pela obra.