Ego do alter ego

 

 

Ego do alter ego
 
Hoje, nesta madrugada fria, treze de julho de dois mil e dezoito, acordei meio afoito, minha visão ardia, sono não havia; encasquetado, girando para os dois lados com uma fórmula matemática na cabeça, daquelas que não servem para muita coisa a não ser para a matemática pura que o ego apura, fazendo resplandecer tal cultura e que a ela enriqueça. 
Uma imagem em meu ego fazia-se aparecer, era um tal Pitágoras que se dizia filósofo e matemático e a mim me exprimia:
- Sabia João, que ao olhar com exatidão, atualmente vejo sem termo de comparação que; apenas dois números tomam conta desta digital situação. São os binários em fantástica correria os quais no meu tempo não urgia, meu irmão, esse atletismo de histeria. 
Ai lhe perguntei: 
- Mestre; realmente seriam dois mais dois iguais a quatro?
A mim me parecia velho conhecido de tempos idos.
Surpreendia-me, quando dizia o sábio em seu sábio relato com certa supremacia, velhaca ironia:
- Analisando os fatos, os números não são exatos, pois, nada sendo igual a nada, torna-se essa relação apenas relativa. Dízimas periódicas simples ou compostas com os logarítmos já dão essa simples resposta, ciência exata não existe não, a não ser no sistema sistêmico de escolar organização. 
Enquanto, proseava com o matemático, cheio de cismas, eis que se aproximam dois cavalheiros, e ao lhes voltear meu olhar, na mão de um deles avistei um voltímetro, e na do outro um violino roto.
Meio atônito com aquela visão, e por não ter muito a ver com essa relação, levantei-me para saber se sabia escrever.
Oh… Meus Deus! 
Ah… Já me esquecia do que Pitágoras dizia sobre o número de ouro; e do pi por não ser exato também, porém, mudando o assunto vamos além.
Quanta cacofonia redundante e pleonástica em mim adjetivei. Analisei, analisei tudo aquilo que lia, e me orgulhei de ser mais um brasileiro-lusófono, pois, meus companheiros de poesias naquele momento me deram enorme lição de alegria pela sabedoria de seus pensamentos, pois, em suas poesias, textos e poemas, somavam-se só maravilhas maravilhosas, somente para alimentar o meu ego-vício novamente redundei com redundância desastrosa, somente para rimar o que dizia sem o menor sacrifício, pois é, sem demagogia, não sou sequer um pequeno apóstolo em suas epístolas poéticas, sem rimas ou com métricas.
Naveguei, naveguei, até porque já ouvi  dizer que navegar é preciso, porém, o que realmente é preciso: É se olhar e ver com bom e humilde juízo, foi assim que ajuizei, e entendi de que nada sei de preciso, porém, gostaria de ser preciso ao escrever.
Apenas o meu ego alisei.
Cada poeta-escritor caracterizando o seu bom odor, perfume dos deuses, do divino amor, traduzido em alegria e humor. 
Nomes não citarei para injustiça não cometer.
Parabéns aos meus poetas-professores com muitas flores, simbolizando o amor pela alegria em poemas e poesias, diademas de suas lindas postagens revertidas em mensagens, linimentos, alimentos de nossas almas, armas preferidas e proferidas como espadas nas mãos de exímios espadachins do amor. Como diria em frase informal: Etcetera e tal à maravilhosa poesia digital.
Com muita licença poética:
Saudações ao poeta digital, ou a qualquer poeta que digite ou declame seu reclame desigual.
Ah… Aqueles dois cavalheiros que seguravam os instrumentos nas mãos; eram nada mais nada menos do que Paganini e Tesla, dois xarás que vieram a tomar chá com os mestres daquela visão, porém, a lhes esperar Patativa estava também, com seu cordel na mão esquerda para que a direita não visse sua tradução.
Então me apercebi daquilo que via, tais grandiosas eram  minhas companhias, quando meu querido neto bate à porta para me beijar como o faz todos os dias. Quando ele me beijou esqueci as demais companhias, e até agora é só alegria.
 
jbcampos
 
 
 
 
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Comentários

  • Faz alguns meses, eu ouvi uma historia de professora na Pós graduação que, quando ela começou a fazer Faculdade, uma noite tinha muito trabalho para fazer, então ela fez jantar, deu às riança, colocou-os para dormir e, voltou para a cozinhaF, onde fez café e encheu uma garrafa térmica, juntou um isqueiro e uma carteira de cigarro e levou para a sala, onde ja estavam à mesa, filósofos, sociólogos, pedagogos, entre outros luzeiros do saber. Ela se sentou e, entre um cigarro e uma café, lia um e outro segundo o que pedia o trabalho, passou o tempo e, então ela ouviu passarinhos cantando, foi neste momento que ela olhou o relógio para descobri que estva amanhecendo, ali ela se percebe cansada, mas plena, foi uma noite excelente.

    Aplausos ao teu momento de diálogo profundo.

    Bela noite, João. 

    •  

      Eis que neste mosteiro poético,

      sinto-me velho atlético

      diante de belo

      comentário

      literário

      e poético

      Eis quem

      texto Edith,

      por quem traz

      na  verve  de  fato

      o glorioso onomástico

      ao lume dos monteiros Lobato.

      bjs.

  • Nem sei o que articular. Tudo está muito apropriado em todos os parâmetros. É um texto irretocável!

    •  

      Querido Sam, da  generosidade

      entrego-lhe justa taça, sua  graça

      já  muito a mim  me basta, pois,

      seu  aval  me  faz  camimhar

      sob  o olhar  da  poesia

      nossa de cada dia.

       

      Forte abraço.

  • Sim...  - Ou talvez Não - caro João!! (escrevi assim - só para rimar)
    Lendo - relendo e ab-Sorvendo, vestiram de forma justa a carapuça,
    tanto o meu não raro possessivo Ego, quanto o Alter Ego, não nEgo
    E sem sorver a cicuta socrática mas com todos os digitais venenos
    Aprendi com Pitágoras e com Zenão que "Somar não é o de menos"!!!

    50507182?profile=RESIZE_710x

    •  

      Obrigado  ZKFeliz pela fausta ilação,

      porém, diante  de  tantos  mestres,

      incluindo  você,   mestre-irmão,

      peço-te  que  me  emprestes

      um pouco desse teu dom.

      Amplexos   efusivos

      deste teu amigo

      cativo  de

      emo-

      ção.

      ZKFeliz
      Onde o amor e a amizade se encontram em poesia
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CPP