Elifaz

Elifaz

Hoje de madrugada quando levanto-me para as costumeiras

“letradas” no  word, deparo-me com ele, usando a minha má-

quina,  que atrevido, sento-me ao seu lado e a  quatro mãos

começamos  a  escrever.  É  meio complicado  porque  Elifaz

quer saber demais,  interrompe as minhas  mãos fazendo com

que tecle erroneamente.  Mas  se  diz  meu  guardião, meu  anjo.

Esse anjo torto que há muito me ajuda, me atrapalha, é um misto

de evolutiva emoção literária. Metido, quando me faz errar, afirma

que  se trata de vírus de teclado,  sugerindo-me a usar o teclado

virtual, ora, ora.

Aí solta essa:

Letradas?

Que sujeito metido, pensa estar com essa bola toda.

Claro que, acabo de assassinar  um verbo “letrar”.

Comparo-o aos meus filhos e netos, talvez por

essa  comparação suporto-o, e até sinto  a

sua ausência. Aí  ressurge  o  sabichão,

atrevidamente  vem logo  corrigindo-

me, ou a me corrigir; já vou redun-

dando, porque ele pode se impli-

car com o gerúndio. Pelo menos

não me sinto tão só.

 

Oh... Meu, não é: pelo menos, é ao menos.

Mal sabendo que as duas formas são corretas.

 

Esse cara me persegue

há mais de setenta janeiros...

 

Cada anjo que arrumam pra gente...

jbcampos

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Comentários

  • Reverências ao teu trabalho poético, JB.

    Bela noite!

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  • Oi Sam, obrigado pelos generosos cumprimentos. Aquele abraço.

  • Estou muitíssimo ansioso para decodificar outros poemas de sua edificação. Se lhe persegue há mais de setenta janeiros. Deixe-o pensar que estar com essa bola toda. Cumprimentos pelo poema postado!

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  • Gostei muito de seus criativos versos,caro Poeta.

    Parabéns!

    Fraternal abraço

    • Ei Luiza, que tal essa escrita: Janela da alma. Ao abrir a janela de minha alma Vi surgir Diante de mim toda a caminhada de vida

      Parabéns, nada deixa a desejar, cara poetisa.

      Abraços campônios.

       

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