En passant

A maré regurgitando suas ondas espevitadas
Reencontra-se por fim no leito de todos os meus
Silêncios recatados deixando mais frívolas, aquelas
Saudades bradando às rútilas manhãs bem sedadas

Sepulcros de uma dimensão enorme
Afogam-se numa maresia fluindo despojada
Até que as sombras se acoitem na solidão
De toda a alma carente e desolada

Deixei as memórias abandonadas num baldio
Qualquer quando engoli a noite asquerosa alvejada
Por lamentos apalavrados na madrugada tão melindrosa

Num canteiro deste jardim sussurram as flores com um
Pesar sempre doloroso até que o silêncio en passant acoite o
Pejorativo eco hilariante lubrificando vícios loucos e mais insinuantes

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 34381481?profile=original

    • Obrigado com sua gentil mensagem Marso

      Votos de dia feliz e em paz

      FC

  • 34332993?profile=RESIZE_710x

  • Mais uma vez, meus cumprimentos por essa respeitável conciliação! Sua poesia está mesmo onde devia estar: no alto!

    • Grato amigo e poeta pela esgtimada e gentil mensagem

      Abraço fraterno

      FC

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