Enxada


Mãos ásperas de um passado tão presente
Que raia do nascer do dia
Aos carcarejos das galinhas.

Saíndo cortando neblina à frente,
Logo bem cedinho, com a marmita
Bem quentinha

Vendo a esperança e futuro 
Daqueles que esperam o alimento
À custa de uma enxada

Que ensina as coisas da vida

E muitas vezes sofrida,
Mas nunca desanimada.

A dignidade tem nome de suor,
De roçado, e das léguas 
Caminhadas para ganhar o pão

Mas também tem a alegria
Que contagia toda uma família
De uma nação.

Jilmar Santos

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • This reply was deleted.
    • Obrigado, Margarida!
      Fico feliz que tenha tocado com os versos!
  • Caro amigo poema, me faz lembrar de um passado onde a simplicidade é a coisa mais rica e pura da vida. Morei na roça, tinha orgulho de levantar cedo e caminha com a inchada nas costa para do pranto cuidar. Dali da terra tudo de alimento tirava, uma insana fartura existia

    • É muito boa essas lembranças.
  • This reply was deleted.
  • This reply was deleted.
    • Obrigado, Gláucia! Fico feliz que tenha gostado.
      Bjs
  • O campo é sempre um lugar mágico e a enxada o símbolo maior do trabalhador que de lá tira seu sustento. Meus parabéns pelo maravilhoso texto. Abraços Poeta Jilmar.

    • Obrigado, poeta Ricardo!
      Abraço!
  • Que maravilha Jilmar... é do campo que sai o alimento que está nas mesas de muitos...e o lavrador é um povo desvalorizado... Amei...Parabéns! Um abraço. 

    • Obrigado, querida Marta!
      Abraço!
  • This reply was deleted.
This reply was deleted.
CPP